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Comunicação

Há razão para agências digitais irem ao SXSW?

Marcas estão cada vez mais diretamente conectadas às startups


14 de abril de 2013 - 8h04

 Pergunte a um executivo de agência digital o porquê dele ou dela ter ido ao SXSW neste ano e você provavelmente ouvirá uma versão do seguinte:

“Tive que colocar um rosto em uma assinatura de e-mail”.

“Diferentemente do CES, este é um evento do qual eu gosto”.

Por reunir artistas, músicos, cineastas, tecnólogos, jornalistas, capitalistas de risco e executivos de agências na mesma proximidade, o SXSW contribui com a criatividade e o garimpo de oportunidades de um jeito que não pode ser replicado.

Ainda assim, muitos no SXSW questionaram se as agências digitais precisavam ser parte daquela mistura eclética. Agora que as startups de tecnologia têm atenção por parte das maiores marcas do mundo, muitos sentiram que o papel de mediadora das agências digitais está diminuindo rapidamente. Embora as marcas e startups tenham enxergado suas necessidades de comparecer ao SXSW como algo evidente, sentiram que as agências digitais estavam lá somente para provar relevância.

O sentimento geral entre empreendedores da tecnologia no SXSW era o de estar presenciando o “começo do fim” das agências digitais. As marcas começaram a usar a tecnologia das startups para elevar o seu marketing in-house, mitigando o apoio às agências digitais, disseram eles.

Um empreendedor e investidor declarou que as agências digitais estão começando a sofrer uma quebra parecida com o que a indústria musical vivenciou no final dos anos 1990. Em breve, as agências digitais serão relegadas ao marketing, assim como as grandes gravadoras de outrora, afirmou ele.

Empreendedores da tecnologia alardeando o fato de fazerem uma indústria ajoelhar-se é tão entediante quanto os veteranos do SXSW resmungando que os festival de Austin não é o que costumava ser. Mas conforme aumenta o interesse das marcas em trabalhar diretamente com empresas ad-tech e plataformas de marketing social, o papel de uma agência digital no processo ficou menos claro.

“Os clientes estão certamente mais espertos hoje em dia”, acredita Adam Kleinberg, CEO da agência interativa Traction. “Mas somos experts em estratégia e somos objetivos. Startups são soluções em parte”.

Isso não significa que as agências não estejam passando por uma vasta mudança parecida com aquelas que atingem todos os outros setores da indústria de mídia. A taxa de avanço tecnológico e adoção à mostra no SXSW significaram que agências precisam ser mais abertas a colaborações com clientes e terceiras partes (como startups), explicou Kleinberg.

Facebook e Google afirmaram que não firmariam negócios com agências digitais por anos, mas isso ainda não aconteceu, segundo Kyle Bunch, diretor de grupo da R/GA, em Austin. Porém, ele ainda vê a necessidade de as agências se envolverem com entidades mais colaborativas.

“O velho modelo era ‘Como assustamos nossos clientes para que nos usem cada ano’”, disse Bunch. “Precisamos trabalhar com startups para fazer a torta crescer, em vez de brigar pelo mesmo pedaço”.

Algumas agências digitais fizeram disso um propósito para usar o SXSW como um jeito de exibir seus próprios conhecimentos em tecnologia e combater a percepção de que não podem inovar tão rápido quanto as startups que dançam prematuramente sobre seus túmulos. A agência Huge, do Brooklyn, por exemplo, protagonizou um colapso na programação de computador de quatro dias na SXWS este ano. Os estudantes incluíam Michael Aaron, ex COO da agência de mídia social Attention, e a estudante de engenharia mecânica da MIT, Amy Lam.

Outras agências digitais veem o interesse de marca no SXSW como algo positivo para a indústria. Segundo David Berkowitz, diretor de mídia emergente na agência digital 360i, a proliferação de marcas tecnológicas precisa de agências digitais mais do que nunca.
“Não há necessariamente um grande aspecto para que as marcas foquem, mas sim mergulhar naquilo que centenas de pessoas diferentes estão trabalhando”, explicou ele. “Isto requer filtragem e curadoria, e é particularmente nisso que as grandes agências brilham; extirpando o barulho e sintonizando os clientes naquilo que importa para eles”.

Do Advertising Age

Tradução: Isabella Lessa

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