Mercado de comunicação: R$ 120 bi

Buscar
Publicidade

Comunicação

Mercado de comunicação: R$ 120 bi

Abap e IBGE atualizam dados da indústria que responde por 3,15% do PIB brasileiro


18 de outubro de 2013 - 5h54

Com base nas pesquisas anuais de comércio e serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) divulgou em sua reunião nacional, realizada nesta sexta, em Curitiba, a nova versão do estudo A Indústria da Comunicação no Brasil, que revela números do mercado em diferentes setores de atividade. A pesquisa mostra que a movimentação total foi de R$ 120,47 bilhões naquele ano, o que representa 3,15% do PIB nacional. A indústria englobava 85.733 empresas e mais de 641 mil funcionários, pagando cerca de R$ 23 bilhões em salários e gastos com pessoal.

A Abap já havia apresentado pesquisas semelhantes, mas a nova versão refinou a metodologia. O estudo revela que o setor mais próspero é o de TV aberta, que fatura cerca de 17,88% dos R$ 120,47 bilhões. É seguido pelas empresas do setor impresso, incluindo livros, revistas, jornais e atividade gráfica, com 15,63%, e pelas operadoras de TV paga, com 12,07%. A atividade publicitária em si, que considera agências, empresas de mídia exterior e de promoções, consultorias em propaganda e serviços de alto-falante, entre outros, vem em quarto lugar, com 11,55%. A lista total de setores tem mais 12 categorias, como institutos de pesquisa, produtoras de eventos, estúdios, rádio e internet.

A Abap Bahia aproveitou o encontro nacional para ratificar um termo de compromisso firmado entre as agências associadas visando regularizar concorrências públicas e privadas no estado. Embora o termo só retifique práticas já previstas pelo Conselho Executivo de Normas-Padrão (Cenp), ele altera as possibilidades de sanções sobre empresas irregulares.

Segundo Paulo Gomes de Oliveira Filho, advogado da Abap, o setor vem sofrendo, dentro e fora da Bahia, com ofertas muito inferiores ao recomendado no Sistema Progressivo de Serviços e Benefícios. “É fundamental para o mercado cumprir a exequibilidade de contratos, incluindo planejamento de mídia, pagamento de equipe e lucro”, afirma Oliveira. Nesse sentido, a Abap-BA tomou a iniciativa de regularizar a remuneração entre seus associados e contratou o escritório de advocacia Fiedra para fazer cumprir os dispositivos previstos na lei 12.232/2010, que determina que “os valores correspondentes ao desconto-padrão de agência pela concepção, execução e distribuição de propaganda, por ordem e conta de clientes anunciantes, constituem receita da agência de publicidade”. O não cumprimento da lei levará o associado à comissão de ética da Abap-BA, que poderá definir pela expulsão imediata da agência. Antes, a empresa tinha de atravessar, necessariamente, por advertência e suspensão antes de ser excluída da entidade.

Segundo Renato Tourinho, presidente da Abap-BA, editais com a prefeitura de Salvador e com o Sebrae foram revistos recentemente segundo essas novas regras. “Não existe mágica para o empresário de propaganda: queremos viver de criação, da essência de comunicação, e não de manobras financeiras”, diz Tourinho, que anunciou a medida na reunião nacional e pode se transformar em precedente para todo o País. As sanções da Abap não excluem análises da comissão de ética do próprio Cenp.

Em outra reunião envolvendo regulações comerciais, Caio Barsotti, presidente do Cenp, anunciou durante a reunião o lançamento do Documento de Ética Comercial, uma série que visa informar sobre novos parâmetros da entidade e reforçar itens que já deveriam ser parte inerente das relações de mercado. A primeira edição será sobre Compliance entre agências e anunciantes, que mudou o procedimento de verificação comercial, conforme o executivo já havia adiantado em painel do MaxiMídia, há duas semanas.

“Essa é mais uma contribuição de melhores práticas entre agência, cliente e veículo”, diz Barsotti. “É importante frisar, porém, que não é um programa de compliance conforme o entendimento profundo de grandes empresas, mas sim um corte dessa leitura segundo as normas padrão do setor de propaganda”. O Cenp nunca puniu uma agência, mas certificava ou não empresas que não obedecessem às normas. Agora, passa a informar os veículos da relação de non compliance que, por sua vez, ficam habilitados a conceder descontos às agências menor que 20% nesses casos – independentemente de qualquer recomendação do Cenp, atendendo ao disposto na lei 4.680/65.

O Documento de Ética Comercial será divulgado ao mercado no fim de novembro, quando também ficará disponível on-line, no site do Cenp, em português, espanhol e inglês. As diligências obedecendo essa nova abordagem começarão em janeiro de 2014.

(*) O jornalista viajou a Curitiba à convite da Abap 

wraps

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Grupo Farol adquire a rede de perfis digitais Virau

    Grupo Farol adquire a rede de perfis digitais Virau

    Aquisição visa fortalecer o posicionamento da holding no mercado de marketing de influência

  • Vivo homenageia mães, as verdadeiras atletas

    Vivo homenageia mães, as verdadeiras atletas

    Patrocinadora do Comitê Olímpico do Brasil, marca homenageia mães em diferentes fases do cuidado aos filhos, em filme dirigido por Ariela Dorf