Meio & Mensagem
15 de setembro de 2011 - 5h01
Estou aqui sentada no WTC esperando Dalai Lama. Eu e mais um auditório lotado de dirigentes empresariais, executivos, profissionais liberais e professores misturados a monges de vermelho e amarelo, rabinos e ongueiros (o cara da fila ao lado acabou de se levantar e dizer que ele é “gestor de caos criativo”).
Acreditem, eu tinha mais o que fazer hoje. Mas era aqui mesmo que eu tinha que estar, vendo de perto um momento que tem tudo a ver com as mudanças que o marketing está sofrendo: colaboração além da competição, destino além da procedência, valores humanos além de lucro, pessoas antes de consumidores.
Estamos aqui para discutir “a indústria da paz: uma nova consciência econômica”. O vice-presidente de comunicação do Santander, sentado ao lado do gestor de caos criativo, acabou de se levantar e dizer que está aqui para se tornar uma pessoa melhor (e um líder melhor em consequência).
O Dalai Lama ainda não chegou, o voo atrasou, o teto para helicópteros fechou em São Paulo e o trânsito está parado. Eu acho que isso não é atraso, é mensagem.
Desculpe Dalai Lama, mas eu vou ter que dizer que mesmo na ausência de vossa santidade eu já aprendi muito: tem uma sala inteira de homens engravatados e mulheres de salto alto de olhos fechados pensando na própria respiração e um deles é o Angelo Calmon de Sá.
Eu tinha mesmo que estar aqui hoje: olhando para um lugar onde ainda não estamos. Afinal, não é isso que faz o planejamento?
Ana Paula Cortat é vice-presidente de estratégia do Grupo Isobar no Brasil
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