Publicis: Brasil derrapa e cresce só 2,8%
Segundo holding francesa, ?crise aguda em uma das agências? causou fraco crescimento no País
Segundo holding francesa, ?crise aguda em uma das agências? causou fraco crescimento no País
Felipe Turlao
9 de fevereiro de 2012 - 2h12
O Publicis Groupe divulgou seus resultados financeiros de 2011 e alguns dados chamaram a atenção, especialmente o desempenho abaixo do esperado no Brasil e os planos de seguir crescendo em aquisições nos países emergentes.
O relatório apontou que “todos os países da América Latina tiveram forte crescimento em 2011, especialmente Argentina, Venezuela e Colômbia”.
Mas a holding francesa fez uma ressalva ao Brasil: “com crescimento de 2,8%, o País ainda precisa colher os benefícios do crescimento orgânico das grandes aquisições feitas em 2011. Mas também foi afetado de maneira adversa pela aguda crise nas atividades de uma de suas agências”.
No mercado publicitário brasileiro, o Publicis Groupe controla as agências Leo Burnett Tailor Made, F/Nazca S&S e Publicis, além de ter assumido controle acionário no ano passado de Talent, QG, DPZ e GP7. Apesar de não citar nominalmente a agência que passou por "aguda crise", a holding se refere à Leo Burnett, que perdeu muitos clientes nos últimos meses de 2010 e primeiros de 2011, e quase viu o maior deles, a Fiat, zarpar.
Em abril, a agência adquiriu a Tailor Made, de Paulo Giovanni, que assumiu como sócio e CEO. De lá pra cá, a agência retomou o fôlego e conquistou contas importantes como Secom, Nova Schin, Iveco, Gillette, Kasinski e Grupo Disney. Por isso, a expectativa é que os reflexos positivos apareçam nos resultados de 2012.
A Leo Burnett Tailor Made foi procurada, mas não comentou o assunto, em respeito à política global do Publicis Groupe.
A holding global anunciou também que pretende continuar com sua estratégia de priorizar serviços digitais e os “países de rápido crescimento”. “Esse plano inclui dobrar as receitas na China até 2013, os investimentos feitos no Brasil, e também ampliando nossa presença na Índia”, anuncia o Publicis Groupe. “O objetivo de médio prazo é ter cerca de dois terços das receitas vindas das atividades nos países de rápido crescimento“.
Por regiões, a América Latina foi a que mais subiu, com 8,8% de crescimento em 2011 – desconsiderando aquisições, como as de Talent e DPZ, e variações cambiais. A região atingiu receitas de € 374 milhões, contra € 1,9 bilhão da Europa, € 2,7 bilhões da América do Norte e € 690 milhões da Ásia.
Dentre as disciplinas, o digital cresceu 13,7% e passou a representar 30,6% das receitas do Publicis Groupe, contra 28% no ano anterior. Compra de mídia e publicidade tiveram uma leve redução na sua participação proporcional, apesar de também terem crescido em valores absolutos. Hoje, mídia representa 19% dos negócios, e publicidade, 31%. A divisão de SAMS, que inclui serviços de marketing e digital, responde por 50%.
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