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É possível viver só da produção de conteúdo na Internet?

Estudo conduzido pela agência Brunch em parceria com a YOUPIX traça perfil dos influenciadores brasileiros e renda gerada pela profissão


14 de setembro de 2022 - 6h00

Mais do que uma imagem e um nome, os influenciadores hoje já são vistos como verdadeiras empresas. Quase 55% dos criadores de conteúdo emitem nota fiscal em trabalhos feitos com marcas, e metade deles (50,5%) opera no regime de Microempreendedor Individual (MEI). Os dados são de um levantamento feito pela agência Brunch e pela consultoria YOUPIX, que ouviu 314 criadores de conteúdo via online.

Muitos influenciadores tem a produção de conteúdo como renda única (Crédito: overearth/Shutterstock)

Com a popularização do ofício e com a alta na quantidade de influenciadores no Brasil – já considerado o “país dos influenciadores”, segundo o estudo – uma questão muito frequente é: é possível só viver disso?

Ao todo, 1 em cada 3 creators tem a produção de conteúdo como sua única fonte de renda, representando um total de 34,6%. O resultado dobrou em comparação com o ano passado, quando apenas 16,8% contavam com a renda exclusiva vinda disso. Contudo, esse ainda é um desejo de 93,3% dos entrevistados – 37,3% deles mantém a profissão de influencer como renda extra, atuando em trabalhos não relacionados.

Mais do que influenciar, os indivíduos já passam a empreender. Uma parcela deles (21,6%) já aposta na comercialização de consultorias, cursos e infoprodutos. Essa é uma alta significativa em relação a 2021, quando o percentual ficou em 9,1%. A atuação caracteriza os infocreators, que agregam informação especializada em determinada categoria para produzir conteúdos relacionados.

Publis e jobs com marcas são as fontes de receita mais recorrentes na profissão (60,8%), e não à toa: essa é a fonte que gera mais monetização para eles. Na sequência, aparecem AdSense (22%), afiliados (19,1%), eventos online ou presenciais e mentorias e consultorias (ambas com 17,5%). Entre as plataformas digitais que mais atraem os criadores, o TikTok entra como destaque: 11,8% o tem como principal rede. Concorrente, o Kwai compõe apenas 0,3% das receitas.

Em relação a números, 71,3% dos criadores contam com renda individual entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, representando a maioria. Já na faixa de R$5.000,01 a R$10 mil, o número cai para 24,2%. Faturando acima dos R$ 10 mil, há uma parcela de 13,4%, enquanto apenas 4,5% ganham mais do que R$ 20 mil mensais.

Valores e negociação

No geral, para serem avaliados por marcas, influenciadores cobram por publicidade de acordo com o formato e conteúdo. A pesquisa aponta que o combo “basicão” é composto por um post no feed ou reels e mais três stories. 22,5% cobram acima de R$ 1 mil e R$ 3 mil e 19,4% orçam na faixa dos R$ 3 mil a R$ 8 mil. Na sequência, 17,1% dizem cobrar entre R$ 250,00 e R$ 500,00. Uma parcela pequena, 4,5% e 0,9%, conseguem negociar o combo por acima de R$ 8 mil e R$ 15 mil, respectivamente.

Como o trabalho pode representar uma renda total ou extra, quase metade (47,7%) afirma já ter fechado trabalhos com marcas por um orçamento muito abaixo de seu preço. Segundo o relatório, o principal motivo pelo qual isso acontece é a necessidade do dinheiro, uma vez que 55,3% fecha de 1 a 2 pedidos por mês e 27,7% não fecha nenhum.

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