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Copa: Fifa dá nota 8 para torneio no Brasil

Entidade classifica Copa das Confederações como extraordinária; COL aponta o que deve ser melhorado para 2014


1 de julho de 2013 - 4h32

Um evento extraordinário. Foi assim que o presidente da Fifa Joseph Blatter classificou a Copa das Confederações, que se encerrou no último domingo, 30, com a conquista da seleção brasileira. Para ele, se fosse como em uma universidade, onde a média é oito pontos, o Brasil teria sido aprovado. Em três semanas, o torneio atraiu um público de mais de 804 mil pessoas nos seis estádios que receberam as 16 partidas da competição.

Já Ricardo Trade, CEO do Comitê Organizador Local (COL), apontou alguns problemas que deverão ser resolvidos até a Copa do Mundo. “Precisamos melhorar a limpeza dos banheiros, trabalhar mais a área de tecnologia e comunicação, melhorar o sistema de controle de acesso eletrônico que não usamos em toda sua plenitude, os campos de treinamento, a sinalização”, disse.

O CEO do COL destacou ainda que será necessário melhorar a saída dos estádios. “Precisamos reter as pessoas dentro depois das partidas, ter algum divertimento para que não saiam todos ao mesmo tempo, mas em levas”, comentou. Para ele, o Brasil está preparado para a Copa do Mundo. “Mas somos chatos e queremos melhorar para prestar o melhor serviço”, concluiu.

Jerome Valcke, secretário geral da Fifa, destacou que nenhuma situação foi considerada perigosa o suficiente para cancelar ou adiar um jogo. “Tínhamos o apoio total do Governo brasileiro e dos governos locais. Tivemos o melhor possível para assegurar a boa organização dos jogos. Não significa que estamos com os olhos fechados e que nada aconteceu. Estamos, sem dúvidas, preocupados com o que está acontecendo no País. Mas isso é parte da responsabilidade do País em si”, comentou. Mais uma vez, Valcke descartou a possibilidade da Copa do Mundo ser realizada em outra nação.

Para Aldo Rebelo, Ministro dos Esportes, o Brasil cumpriu o grande esforço para a realização do evento, entregando estádios, mobilidade urbana, aeroportos, hotéis e segurança. “Em nenhum País do mundo são cumpridos em 100%, mas conseguimos responder não apenas no futebol”, disse. O ministro destacou ainda que, em meio a batalhas importantes nas ruas, conseguiu-se oferecer segurança para os manifestantes, delegações, jornalistas, jogadores, entre outros. “As manifestações aconteceram porque vivemos em um País democrático, nosso povo foi para a rua contestar, excessos de vandalismo foram enfrentados como deveriam ser”, falou.

Já Blatter preferiu não comentar os protestos. “Não vou discutir problemas internos que o País está enfrentando. O futebol serve para conectar as pessoas e conseguimos conectar pessoas dentro e fora dos estádios”, concluiu.

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