Deloitte aponta tendências para o marketing no ano
Estudo analisou mais de mil executivos e 11.500 consumidores de todo o mundo
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Taís Farias
11 de janeiro de 2022 - 6h01
Os profissionais de marketing precisam, o tempo inteiro, evoluir com o mundo ao seu redor. E, se nos últimos anos, o desafio foi de responder a uma crise sem precedentes. Agora, é preciso recuperar e, para quem souber se posicionar, crescer em meio a um novo contexto que leva o consumidor para o centro das jornadas. Essa é, pelo menos, a visão da Deloitte sobre o que os executivos vão enfrentar nos próximos doze meses. Para ajudar nessa jornada, a companhia desenvolveu a pesquisa 2022 Global Marketing Trends.
O estudo entrevistou mais de mil executivos globais e 11.500 consumidores de todo o mundo, inclusive 500 brasileiros. A partir dessa análise, a companhia aponta tendências que podem ajudar os executivos a refinar sua abordagem e navegar melhor em meio às transformações tecnológicas e do comportamento do usuário. Confira:
Propósito – um farol para o crescimento – A análise da Deloitte apontou que qualidade e preço ainda são os fatores principais quando o consumidor está considerando uma compra. No entanto, em uma investigação mais profunda, outros fatores chamam atenção especialmente quando consideradas determinadas demografias e categoriais. Entre os jovens até 25 anos, 24% encaram a sustentabilidade como um dos principais critérios de compra em Beleza e cuidados pessoais; 32% citam privacidade como fator principal para Produtos e serviços bancários; 76% afirmam ser mais leais a marcas comprometidas em corrigir desigualdades sociais. Isso também está refletido no desempenho das marcas. Entre as analisadas, as que obtiveram maior crescimento foram as que afirmaram orientar sua tomada de decisão em um guia articulado de valores.
Marketing autêntico e inclusivo – Além de se mostrarem mais fiéis a marcas comprometidas a lutar contra as desigualdades, os consumidores estão mais atentos à diversidade na comunicação. Em contraste com a média global dos respondentes, os brasileiros com mais 26 estão muito mais propensos a considerar propagandas que são inclusivas. Do público total, 76% responderam que são mais propensos a comprar de marcas que se comprometem a abordar questões sociais e desigualdades.
Construindo o motor criativo – Segundo a companhia, com 73% das pessoas migrando para o trabalho remoto, vão surgir novos pools de talentos que antes estavam limitados pela questão geográfica. O trabalho híbrido e remoto deve dar também ainda mais ênfase para a colaboração. Há mudanças também no perfil dos talentos. Os dados da Deloitte apontam que as capacidades analíticas já são as mais valorizadas para cargos como CEO, CFO, CMO e COO, na comparação com as expertises criativas.
Acessando consumidores em um mundo sem cookies – Entre as empresas que registraram um crescimento de mais de 10% no último ano, 61% já estão migrando para estratégias focadas em first-party data. Estão nessas marcas também os casos de uso mais sofisticados dos dados primários, como mídia programática e otimização da dinâmica criativa.
Elevando a experiência híbrida – Os executivos estão olhando para o híbrido como forma de entregar mais personalização, inovação e ajudar as pessoas a se conectarem. Simultaneamente, mais consumidores estão usando canais emergentes para interagir com as marcas e comprar. 75% dos profissionais entrevistados afirmaram que vão investir mais em experiências híbridas nos próximos 12 meses. Os principais motivos apontados para isso foram: melhor personalização de produtos e serviços (43%) e oportunidade de entregar ofertas inovadoras (43%).
*Crédito da foto no topo: iStock
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