Lego: brincadeira que ficou séria e virou arte
Brasilprev patrocina exposição com os tijolinhos dinamarqueses que já foi vista por mais de 10 milhões de pessoas pelo mundo
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Sergio Damasceno Silva
10 de agosto de 2016 - 16h29
Leg godt! Ao unir duas palavras dinamarquesas (que significam “brincar bem”) e gerar a marca Lego, em 1934, o dinamarquês Ole Kirk Kristiansen não tinha, obviamente, dimensão do sucesso mundial que fundava. Hoje, o Grupo Lego (e não mais apenas uma companhia familiar) tem mais de 10 mil funcionários e presença em quase 150 países. A base dos brinquedos Lego compõe-se de peças de encaixar que permitem ir até onde a criatividade deixar. A tal ponto que a marca tornou-se sinônimo de brinquedo educativo (uma divisão especialmente com esse objetivo foi criada em 1980) e referência em centenas de institutos educacionais distribuídos pelo mundo.
As inúmeras possibilidades de juntar peças e as encaixar em pacientes processos de montagem foi a analogia que a Brasilprev encontrou para patrocinar a exposição The Art of The Brick, do artista norte-americano Nathan Sawaya, e trazer ao Brasil uma obra completamente baseada no brinquedo de Ole Kristiansen. Cinthia Spanó, gerente de comunicação corporativa e responsabilidade social da Brasilprev, explica: “A Brasilprev é especializada em planos de previdência privada que pressupõem o acúmulo de recursos ao longo dos anos para que, futuramente, as pessoas possam realizar grandes projetos. E a exposição usa pequenas peças e as transforma em grandes obras. Temos como premissa incentivar produtos culturais, principalmente, para o público infantil e familiar e a exposição tem tudo a ver com isso”.
O patrocínio máster da Brasilprev (que tem como acionistas a BB Seguridade e o Principal Financial Group, dos EUA, com ativos de R$ 163 bilhões e carteira de 1,9 milhão de clientes) foi feito por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com a chancela do Ministério da Cultura. Detalhe: a Lego não tem envolvimento algum com a exposição, conforme afirmado a Meio & Mensagem. Ou seja, a exposição é, também, uma grande campanha gratuita de publicidade para a empresa dinamarquesa. A Multiplus também patrocina a exposição.
The Art of The Brick (a arte da montagem, em tradução livre) é uma exposição itinerante que já esteve em mais de 80 museus pelo mundo desde 2007 e foi vista por mais de 10 milhões de visitantes. No Brasil, a expectativa de Cinthia é que atraia mais de 400 mil pessoas. Embora a executiva afirme que não dá nem para projetar o público. Provavelmente, muito mais gente ficará interessada em ver como mais de 1 milhão de peças coloridas foram transformadas em releituras de obras de arte clássicas como a escultura “O Pensador”, de Rodin, a “Vênus de Milo”, o quadro “O Grito”, de Edvard Munch ou “O Beijo”, de Gustav Klimt. No Brasil, no total, serão 83 esculturas de todos os tipos.
No Brasil, a exposição acontece a partir desta quinta-feira, 11, em São Paulo, na Oca, no Parque Ibirapuera, e vai até o dia 30 de outubro. Os preços variam entre R$ 20,00 (entrada inteira) e R$ 10,00 (meia entrada). Às 3ª feiras, o acesso é gratuito. E os professores não pagarão ingresso – qualquer dia e horário – mediante comprovante da profissão de 2016. No Rio de Janeiro, a exposição acontecerá no Museu Histórico Nacional, na Praça Marechal Âncora, a partir de 11 de novembro até 15 de janeiro.
Nathan Sawaya, o artista responsável pela exposição, é advogado e exerceu a profissão até que, em 2002, descobriu os tijolinhos de brinquedo como forma de arte. De fato, começou a trabalhar com as peças de brinquedo para aliviar o stress de ser advogado corporativo em Manhattan, Nova York. Construiu esculturas de todos os tipos e, desde então, já expôs nas principais galerias do mundo, incluindo a Time Warner Centre em Nova York, o Art and Culture Centre em Hollywood e a Spot Gallery em Paris.
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