Mais energia para a Petrobras

Janaina Langsdorff
29 de junho de 2012 - 12h47

O principal desafio da Petrobras é estruturar os seus negócios para se transformar numa marca global e tão competitiva quanto as americanas Exxon Mobil e Chevron, além da Shell, com raízes combinadas entre Inglaterra e Holanda. “Queremos estar entre as três maiores companhias de energia do mundo nos próximos anos”, disse Diego Pila, gerente regional de comunicação da Petrobras, durante o lançamento do ranking BrandZ Top 50 Marcas Mais Valiosas da América Latina, encabeçado pela estatal brasileira com valor de US$ 10,5 bilhões.

Hoje o quinto maior player global do segmento, de acordo com Pila, a Petrobras trabalha num plano de gestão de marca que tem quatro das suas cinco metas ligadas à internacionalização. Reputação, proteção, acesso e construção de marca são os quatro objetivos elencados em âmbito global. Já o quinto item fala sobre gerir a marca como ativo estratégico. “Esses são os cinco principais desafios da Petrobras atualmente”, conta Pila, que acrescenta ainda a importância dos projetos de cultura, esporte, cidadania, e meio ambiente para fortalecer a marca.

A ambição de internacionalizar a Petrobras ganha ainda mais força com os novos horizontes abertos pelo Pré-Sal. “Essa descoberta mudou o patamar da Petrobras. A previsão é dobrar de tamanho nos próximos anos”, acredita Pila. Segundo ele, esse novo petróleo oriundo da Bacia de Santos e de reservas localizadas em Santa Catarina e Espírito Santo deve receber 60% do aporte de US$ 236 bilhões em investimentos previstos entre 2012 e 2016. A área de pesquisa e desenvolvimento acompanha essa ascensão. A perspectiva é que a Petrobras some US$ 1,3 bilhão em inovações entre os anos de 2011 e 2015, o equivalente a 1% da receita da estatal.