Assinar

Wikipedia lidera o ato de apagão da internet

Buscar

Wikipedia lidera o ato de apagão da internet

Buscar
Publicidade
Mídia

Wikipedia lidera o ato de apagão da internet

Em protesto contra o SOPA (Stop Online Piracy Act) e o PIPA (Protect Intellectual Property Act), gigantes digitais devem paralisar sites nesta quarta-feira, 18


18 de janeiro de 2012 - 10h21

Atualizada às 14h38

Google, Facebook, Wikipedia e Amazon estão entre as grandes empresas digitais que devem promover o primeiro apagão mundial da internet em protesto ante as propostas de legislação contra a pirataria da informática que está em debate nos EUA. O apagão está programado para esta quarta-feira, 18, e pode afetar os usuários desses e outros sites nos EUA e também no mundo. No centro da polêmica estão duas propostas – SOPA – Stop Online Piracy Act e PIPA – Protect Intellectual Property Act -, em debate pelo Congresso norte-americano. Essas propostas, se aprovadas, permitirão ao governo dos EUA e aos detentores de conteúdos intelectuais solicitar o fechamento de quaisquer sites se, porventura, entenderem que o conteúdo desses sites ferem as leis dos direitos autorais. O Twitter, que também havia aderido ao protesto, recuou e não deve paralisar seus serviços.

O apagão não é oficialmente confirmado pelas grandes empresas digitais, exceto pelo Wikipedia. O Wikipedia é visitado, diariamente, por 25 milhões de pessoas. E, segundo a fundação Wikimedia, que o administra, ficará fora do ar as 24 horas desta quarta-feira, 18.No entanto, nos EUA, a NetCoalition, associação contrária ao SOPA, já avisou que há uma intenção de paralisar as operações. Entre as empresas associadas à NetCoalition, estão Google, PayPal, Yahoo, Twitter, Facebook, Wikipedia e Amazon. Se o Congresso norte-americano aprovar o SOPA e o PIPA, várias empresas digitais teriam que mudar suas operações para não ferir o direito de propriedade intelectual. É o caso do buscador do Google, que não poderia exibir nos resultados de buscas material protegido, por exemplo. Por outro lado, empresas como a News Corp., de Rupert Murdoch, Adidas e Ford, entre outras, defendem a aprovação do SOPA.

Pela proposta em debate, tanto anunciantes quanto empresas de pagamento automático ficam proibidas de manter relações com os sites cujo conteúdo seja avaliado como infrator de direitos autorais. À frente dessa proposta estão grandes empresas de mídia, como a própria News Corp. e também a indústria do entretenimento norte-americano. O presidente dos EUA, Barack Obama, sinalizou que não é completamente a favor de uma lei que poderia ferir a liberdade de expressão. Portanto, se o apagão digital se confirmar nesta quarta-feira, 18, o Congresso norte-americano, talvez, seja obrigado a rever as propostas altamente repressoras do SOPA e do PIPA.

IAB Brasil

No brasil o protesto contra o SOPA ganhou o apoio do Interactive Advertising Bureau (IAB). O site da entidade no País saiu do ar desde as 14 horas desta quarta-feira, 18. Segundo comunicado, a meta é permanecer offline por oito horas, como forma de reforçar o descontentamento em relação a nova legislação norte-americana.

Publicidade

Compartilhe

Veja também