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Em tempos de isolamento social, geomarketing salva pessoas e empresas

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Em tempos de isolamento social, geomarketing salva pessoas e empresas

Cabe às empresas dos diversos setores fazerem bom uso do geomarketing para que tenham uma estimativa de onde elas se concentram, o que consomem, bem como pensar em ações específicas que vão garantir o sucesso do negócio, seja ele qual for.


29 de maio de 2020 - 8h02

 

 

Por Fernando Farias (*)

 

O geomarketing é uma ferramenta estratégica de marketing baseada em inteligência geográfica, ou location intelligence, e tem sido bastante utilizada por empresas dos mais variados segmentos neste momento de isolamento social, para atingir públicos específicos e com campanhas diversas, sejam de vendas, serviços ou doações. Mas o que o geomarketing tem a ver com a pandemia e o isolamento social instaurado pela Covid-19? Tudo, e explico por quê.

Seguindo a máxima de que a crise gera oportunidades de crescimento, em um primeiro momento, diversos segmentos, como cultura, varejo e indústria, se viram sem saber o que fazer quando milhares de pessoas foram proibidas de circular e orientadas a evitar aglomerações. O que dizer então dos shows já com datas marcadas, restaurantes, shoppings e tantos outros locais públicos e movimentados?

Podemos dizer que estabelecimentos cujos produtos e serviços considerados essenciais para a população, como supermercados, farmácias, hospitais, postos de combustíveis, que foram permitidos ficar abertos, estão ilesos à crise? A resposta é não! Afinal, é necessário cuidado redobrado com a saúde dos funcionários para não colocar suas vidas em risco.

Sendo assim, diante de um cenário extremamente pessimista, onde a luz no fim do túnel parecia não existir, restou a eles potencializar a criatividade, renovar processos, agilizar inovações e explorar alternativas até então impensáveis para os negócios e o geomarketing pode ser o primeiro passo para nortear o que fazer.

Em condições rotineiras normais, há maior fluxo de pessoas onde estão instaladas grandes empresas e centros de compras, por exemplo. Mas com a pandemia, muitas pessoas estão  trabalhando home office, ou foram demitidas ou tiveram suas férias antecipadas. Isso faz com que o comércio local seja impulsionado. Por isso, é estratégico checar se determinados produtos ou serviços atendem essas regiões mais domiciliares, pois ali estão potenciais novos clientes. Por exemplo, se a empresa atua com alimentos, é interessante saber que bairros consomem mais o seu produto para que comece atuar nessas localidades, contribuindo para que as pessoas circulem menos e não se coloquem em risco de contaminação com o novo coronavírus.

Alguns cases de sucesso surgiram com a pandemia, mas tais empresas precisaram se reinventar, como a Domino’s, que lançou a entrega sem contato, além de dar dicas e levar informações ao seu perfil do Instagram. A ideia é simples: o cliente informa que deseja receber nesse modelo, o entregador deixa a pizza e se afasta, para que ele mesmo a pegue.

A Eats 4 You, empresa que conecta pequenos cozinheiros a consumidores, atendia no horário de almoço, em grandes centros comerciais. Com o isolamento social e a implantação do home office em grande parte das empresas, a plataforma passou a realizar entregas nas casas das pessoas.

Outra marca que deu o exemplo de como se adaptar foi o Mercado Livre, modificando sua logomarca e informando a respeito do consumo consciente em tempos de crise.

Sem dúvida, a restrição na circulação de pessoas durante a pandemia mudou a forma das pessoas consumirem e isso é irreversível, o que deve se tornar um hábito daqui para a frente. Cabe às empresas dos diversos setores fazerem bom uso do geomarketing para que tenham uma estimativa de onde elas se concentram, o que consomem, bem como pensar em ações específicas que vão garantir o sucesso do negócio, seja ele qual for.

(*) Fernando Farias é CEO da Gofind, localizador de produtos que utiliza inteligência artificial para ajudar o consumidor a encontrar produtos disponíveis nas proximidades

 

 

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