Elon Musk alerta ONU sobre “robôs assassinos”

21 de agosto de 2017 - 9h20

O CEO da Tesla, Elon Musk, e outros cem executivos de alto escalão de empresas de robótica e inteligência artificial fizeram um alerta à Organização das Nações Unidas (ONU) quanto ao uso indiscriminado de inteligência artificial.

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O objetivo da carta, que também é assinada por Mustafa Suleyman, da empresa de inteligência artificial britânica DeepMind, de propriedade da Google, é alertar a entidade que “armas autônomas” podem provocar conflitos armados em escalas jamais vistas e de difícil controle.

“Como empresas que aprimoram as tecnologias de inteligência artificial e de robótica, que podem ser desviadas para desenvolver armas autônomas, nos sentimos particularmente responsáveis por dar o sinal de alarme”, diz a carta.

Ainda de acordo com o documento, o uso indiscriminado de inteligência artificial pode dar origem a “máquinas aterrorizantes, armas que ditadores e terroristas utilizam contra populações inocentes, e armas pirateadas com fins funestos”, acrescentam os executivos.

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A carta termina com um pedido de ajuda “urgente” para conter aquilo que é chamado de “caixa de Pandora”. “Não temos muito tempo para agir. Uma vez que esta caixa de Pandora é aberta, será difícil fechar. Portanto, imploramos as altas partes contratantes para encontrar uma maneira de nos proteger de todos esses perigos. ”

Em julho, Musk e Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, trocaram críticas públicas sobre o tema. Ao ser questionado sobre os pontos de vista de Musk sobre inteligência artificial, Zuckerberg refutou a ideia de “negadores” cujos “cenários apocalípticos” sobre o assunto são “irresponsáveis”. Em resposta no Twitter, Musk escreveu: “Sua compreensão do assunto é limitada”, se referindo a Zuckerberg.