In Press Oficina adota o nome Oficina e passa a focar reputação e ESG

Isabella Lessa
25 de agosto de 2021 - 13h46

Patrícia Marins, sócia e diretora da Oficina: gestão da reputação e relacionamento são binômio de sustentabilidade do capital social das marcas do futuro (Crédito: Divulgação)

Impulsionada pela necessidade dos clientes por parceiros estratégicos capazes de traduzir um cenário de crise de confiança no pós-pandemia, a In Press Oficina apresenta um novo modelo de negócios ancorado em consultoria para temas como ESG e reputação.

Como parte deste movimento, anunciado nesta quarta-feira, 25, a empresa volta às origens e passa a assinar somente como Oficina, mas continua fazendo parte do portfólio do Grupo In Press, comandado pela CEO Kiki Moretti.

De acordo com Patrícia Marins, sócia-diretora da Oficina, o plano de negócios da operação começou a ser redesenhado em 2018 e estava previsto para ser lançado em 2022. No entanto, diante da percepção de que a reputação é o principal elemento da sustentabilidade de um negócio, a empresa antecipou o reposicionamento. “Nesses últimos três anos, vimos o que antes era chamado de ativo intangível se transformar em ativo tangível, listado em balanços financeiros. Também vimos a crise de confiança se agravar e, somado a tudo isso, as empresas passaram a ter a necessidade de se relacionar com diversos públicos em um contexto ainda mais complexo”, explica ela.

Na prática, a Oficina passa a atuar em um modelo ‘ambidestro’, combinado a gestão de relacionamento com a consultoria de reputação para atender à crescente demanda dos clientes por revisões de propósito. Os três pilares de atuação – relacionamento, reputação e ESG – serão reforçados por uma metodologia baseada em algoritmos que oferecem um mapa de calor em termos de reputação, de relacionamentos, além de uma leitura sobre como os Três Poderes impactam os negócios de determinada empresa. Para isso, há um Lab de Inovação que concentra metodologias proprietárias, parcerias com empresas de tecnologia como XRBR, XCave, Data Driven Organization, Quaest e Virbela.

Para Patrícia, essa iniciativa vai ao encontro da necessidade de a empresa ir além das atividades de relações públicas e relacionamento com a mídia. A entrada de parceiros de tecnologia possibilita, segundo ela, a prototipagem de produtos e a difundir o uso de realidade expandida nas soluções oferecidas aos clientes. “Dentro de casa, já criamos um app que fala sobre LGPD. As realidades imersivas ajudam a endereçar essa necessidade por contato humano e experiência”, diz. Hoje, fazem parte do portfólio de clientes da Oficina entidades do setor público, como Banco Central, Polícia Federal, Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Vale, Banco Central e BNDES, e do setor privado, como Airbnb e Localiza.

O reposicionamento da Oficina é importante para demarcar ainda mais a especialidade de cada empresa dentro do grupo, avalia Kiki Moretti. Além da Oficina, integram o Grupo In Press, que por sua vez faz parte do Omnicom, as agências In Press Porter Novelli, Fleishmann Hillard, Media Guide, VBrand, Critical Mass e The Buzz Now. “Para o cliente é importante essa visão da Oficina, de um lugar de inteligência de comunicação, de perfil consultivo que se relaciona com o poder público. E as áreas de inovação e parcerias com startups evidenciam que a inovação se faz no dia a dia, na relação com o cliente”, afirma a CEO do grupo.

Segundo dados do Anuário da Comunicação Corporativa, o faturamento do Grupo In Press no ano passado foi de R$ 168,6 milhões, 6,5% superior ao ano anterior, quando o montante foi de R$ 158,4 milhões. O anuário aponta que o mercado de comunicação corporativa conta com 1,5 mil agências, cerca de 15 mil funcionários e movimentou R$ 3 bilhões em 2020.

*Crédito da imagem no topo: Shutterstock