Guaraná Antarctica: mea culpa de impacto

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Guaraná Antarctica: mea culpa de impacto

Empresa faz balanço sobre a adesão e a continuidade do movimento de apoio ao futebol feminino


7 de junho de 2019 - 6h00

Filme-manifesto de Guaraná Antarctica em apoio ao futebol feminino (Reprodução)

Com a aproximação da Copa do Mundo de futebol feminino, que começa nesta sexta-feira, 7, algumas marcas se movimentam para mostrar apoio ao time de Marta, Cristiane e cia. Várias delas, no entanto, foram despertadas por meio do apelo de Guaraná Antarctica, em uma ação que não apenas fez mea culpa sobre a falta de apoio à modalidade, como convocou outras marcas para abraçar a causa. A novidade é que Always, Downy, Gilette Vênus, Havaianas, Nescau, Nutren Beauty e Volkswagem Caminhões aderiram a campanha. Elas se juntam a Almap BBDO, Boticário, DMCard, GOL e LAY’S, que entraram na ação desde o início.

Todas essas empresas compraram as imagens produzidas pela campanha de Guaraná Antarctica, que mostram as jogadoras Cristiane, Andressinha e Fabi Simões em um ensaio fotográfico que simula a participação em propagandas de diversos segmentos, como beleza, produtos esportivos, cartão de crédito, entre outros. O valor arrecadado com a venda das imagens será dividido entre as atletas e o Joga Miga, um projeto sem fins lucrativos, que conecta mulheres que querem jogar futebol. Na entrevista abaixo, Daniel Silber, gerente de marketing de Guaraná Antarctica, analisa os resultados da ação da marca em apoio ao futebol feminino, além da possível continuação nos investimentos que envolvem a modalidade.

Meio & Mensagem — Qual é análise que você faz sobre a repercussão do movimento “seleção Feminina é #CoisaNossa para Guaraná Antarctica?
Daniel Silber — O movimento teve uma resposta positiva de jogadoras, não apenas daquelas que aparecem na campanha, de influenciadores, jornalistas e, principalmente, dos consumidores. Em nenhum momento nosso objetivo foi apontar o dedo e criticar outras marcas. Ao fazermos um mea culpa sobre nossas próprias propagandas, começamos esse movimento para trazer o maior número de marcas para apoiar o futebol feminino. Logo no primeiro dia que a campanha foi ao ar, fomos procurados. Além de dar mais exposição para as jogadoras da seleção Brasileira e para a modalidade, ainda conseguimos ajudar o movimento Joga Miga.

A ação será pontual para a Copa do Mundo ou há chances de valorizar a modalidade no futuro?
Nossa intenção é manter o apoio à seleção brasileira feminina de futebol e a tudo aquilo que orgulha o brasileiro, tudo o que é coisa Nossa. Seguimos com o patrocínio a todas as seleções do Brasil, o que inclui a equipe masculina e a equipe feminina, em todas as categorias.

Como você enxerga o potencial do futebol feminino como plataforma para ativações de marca no Brasil?
O futebol feminino tem um grande potencial. Se comparado com o masculino, ele ainda é considerado muito novo no Brasil, afinal, apenas em 1979 as mulheres foram liberadas para praticar a modalidade. Então, ainda existem muitas frentes em que é possível avançar. Por isso, estamos trabalhando junto com o projeto Joga Miga, que incentiva mulheres a jogar futebol em todo o país. Queremos que a verba gerada pela nossa campanha seja usada da forma mais efetiva possível: estamos avaliando a atuação em três importantes frentes, como aulas gratuitas, expansão para outras capitais do país e a criação de um campeonato feminino a nível nacional. Queremos, junto com o projeto e estas outras marcas, fomentar toda a cadeia do futebol, desde a várzea até grandes competições.

O que precisa evoluir, sob todos os aspectos, para que a modalidade receba mais investimentos no país?
O futebol feminino tem crescido a cada ano. Não apenas a seleção feminina. Cada vez mais, jovens jogadoras procuram espaço em clubes ou escolinhas para atuar na modalidade. Diversos grupos também estão se unindo para dar mais espaço para essas atletas, profissionais ou não, como é o caso do Joga Miga, uma iniciativa multiáreas que aborda o Futebol Feminino em diversas frentes e que tem sido nossa parceira nessa iniciativa. Então, assim como acontece no masculino, o futebol feminino precisa de incentivo desde a base até a chegada no profissional. Além disso, é necessário um maior investimento.

Se o discurso e a prática da diversidade e o empoderamento feminino ganham território nos mais diversos campos de atividade, por que o mesmo não acontece nas propagandas do esporte mais popular do Brasil?
Cada vez mais, as mulheres têm ganhado espaço em todos os setores sociedade. O esporte e as propagandas não ficam fora disso. Guaraná Antarctica sempre procurou valorizar aquilo que orgulha o brasileiro, aquilo que “é coisa nossa”. A seleção brasileira feminina representa tudo isso. Apesar de sermos patrocinadores de todas as seleções de futebol do Brasil desde o início dos anos 2000, nós nunca tínhamos usado as jogadoras em nossas propagandas. Então, essa campanha também serve para fazermos um mea culpa sobre as nossas próprias atitudes. E para valorizar ainda mais essas atletas, resolvemos convocar outras marcas em torno dessa iniciativa

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