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Após aporte do Kinea, ABC irá às compras

Entre as áreas de interesse estão empresas instaladas fora de São Paulo e também agências atuantes em áreas como eventos, relações públicas e marketing direto


5 de abril de 2013 - 4h08

O investimento de R$ 170 milhões feito pelo fundo de private equity Kinea, controlado pelo Itaú, no Grupo ABC irá financiar novas aquisições da maior holding nacional de agências. Entre as áreas de interesse estão empresas instaladas fora de São Paulo e também agências atuantes em áreas como eventos, relações públicas e marketing direto.

Segundo Guga Valente, presidente do ABC, os recursos gerados pela chegada do Kinea serão utilizados para acelerar a expansão do grupo, especialmente por meio de aquisições, e também para desenvolver e melhor aparelhar as 14 empresas que compõem o ABC. As maiores delas são a Africa e a DM9DDB, que atendem parte da conta de Itaú, dono do Kinea. O negócio não inclui a XYZ Live, empresa de entretenimento lançada em abril de 2011 e que fez o chamado spin off em agosto do mesmo ano, ganhando independência de gestão em relação à holding.

“Foi uma negociação bem demorada e trabalhosa, pois o Kinea está gerindo dinheiro de terceiros. Precisa ter certeza de que está entrando em um negócio bom, seguro e que não vai gerar nenhum problema no futuro. E a operação do Grupo ABC é mais complicada que o normal, pois não somos uma empresa, somos 14 diferentes. O Kinea precisou avaliar cada uma delas. E eles são banqueiros, não são publicitários. Precisaram de tempo para entender o nosso negócio”, conta Valente.

Com a entrada do novo fundo, todos os demais sócios do ABC tiveram diminuídas suas frações acionárias. São eles os fundadores Nizan Guanaes e Guga Valente, além de Bazinho Ferraz (presidente da XYZ Live), Sérgio Valente (ex-presidente da DM9DDB e atual diretor da Central Globo de Comunicação, na Rede Globo) e o fundo de investimento do Icatu.

Valente revela ainda que as ações que estavam com a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, e representavam 7% do total, foram recompradas pelos demais sócios no ano passado. “Em 2007, colocamos 14% a disposição para venda. Mas o Icatu, que já era nosso sócio, quis ficar com a metade. De fato, o Gávea tinha 7% do ABC até o ano passado, quando recompramos estas ações. Todo fundo de private equity – e o Kinea não é diferente – tem um prazo para sair do negócio. Depois ocorre o desinvestimento. O fundo administrado pelo Gávea que tinha ações do ABC era grande, de US$ 1,5 bilhão. Para o porte deste fundo, que também tinha participações em outras empresas, como a T4F, os 7% do ABC eram pouca coisa e dificilmente interessariam a outro investidor que já não estivesse aqui. Os compradores naturais éramos nós, os atuais acionistas”, detalha.

Segundo Valente, o Kinea não irá participar da gestão cotidiana do ABC, mas terá assento no conselho de acionistas. “Não haverá interferência na gestão do dia a dia. Mas devemos ter reuniões mais intensas, para definir estratégias, execução dos projetos e processo de expansão”, frisa.

Este é o quarto investimento realizado pelo fundo, que nos seus cinco anos de atuação comprou participações no grupo de ensino de idiomas e cursos profissionalizantes Multi (dono das redes Wizard, Yázigi, Skill e Microlins), na locadora de veículos Unidas e no grupo de medicina diagnóstica Delfin, atuante no Nordeste.

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