Sócios homenageiam Petit
Roberto Duailibi e José Zaragoza relembram coragem e amizade
Roberto Duailibi e José Zaragoza relembram coragem e amizade
Meio & Mensagem
9 de setembro de 2013 - 4h29
Sócios de Francesc Petit desde 1968, quando fundaram a DPZ, Roberto Duailibi e José Zarazoza homenagearam o amigo por meio de depoimentos que relembram a amizade entre os três e a coragem com que ele defendia suas ideias.
Roberto Duailibi:
“Nos últimos 45 anos, ele chegava à agência pontualmente às 8h. E acho que ele continuará chegando. Porque não é possível que um exemplo como o dele não frutifique. Um exemplo em relação à coragem de apresentar ideias originais. Algumas, até temerárias. Mas os clientes sabiam disso e tinham a coragem de ir junto.
Por outro lado, ele era o que se pode chamar de profissional absoluto. Se dedicava o tempo todo ao trabalho. Não adiantava convidá-lo para alguma coisa a partir das 18h, porque ele não queria sair do estúdio.
Durante muito tempo ele pintou, e depois passou a escrever em grande quantidade sobre as coisas que acreditava. Barcelona era sua grande paixão, de onde teve que fugir com a família por causa do regime franquista. Ele escreveu o melhor livro turístico sobre a cidade, que é o Guia Petit de Barcelona. Sua obsessão era a independência da Catalunha.
A família de Petit viajou, inicialmente, para Honduras para posteriormente ir ao Brasil. E quem ganhou com isso foi o Brasil.
Ele tinha formação teórica de arte, de primeiríssima categoria. E isso casou com a vocação natural que tinha de desenhar.
Tinha profunda curiosidade pelas artes, especialmente a arquitetura. Ele achava que as escolas de arquitetura formavam artistas gráficos superiores aos formados nessa escola. Em certa época, todos seus assistentes eram arquitetos.
Era apaixonado também por jardinagem e tinha uma coleção de arte brasileira.
Foi importante ele ter conhecido o José Zaragoza na JWT. Não foi em Barcelona. E aqui eles formaram a Metro 3.
Ele deixa um legado.”
José Zaragoza:
“Ele era um guerreiro e estava lutando muito. Com ele tive uma longa história. Chequei ao Brasil em 1951 e um ano depois arrumei um emprego na Thompson. Ao chegar, no primeiro dia, estava apavorado e vi um rapaz sentado. Perguntei a ele se ele trabalhava lá e ele disse, com sotaque catalão, que também era seu primeiro dia. Era o Petit. Começava ali uma amizade de irmão, Desde aquela data não nos separamos mais, são mais de 50 anos. Fizemos a Metro 3 e a DPZ. Não quis visitá-lo no hospital, pois queria guardar dele a lembrança do Petit desses 50 anos. Para mim foi como perder um irmão”.
Leia também:
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