Carrefour deixa e-commerce no Brasil

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Carrefour deixa e-commerce no Brasil

Rede comunicou que irá concentrar operação em hipermercados e em sua financeira, com alvo na classe C


7 de dezembro de 2012 - 11h08

O grupo francês Carrefour está deixando de operar em comércio eletrônico no Brasil. A empresa anunciou o fato em seu site nesta sexta-feira, 07. A empresa alega que a medida é parte de uma reestruturação que a operação no Brasil vem realizando há dois anos. Também afirmou que a intenção é concentrar esforços nos hipermercados e na Carrefour Soluções Financeiras, com foco no atendimento da nova classe média.

No próprio site (www.carrefour.com.br), o Carrefour disponibilizou um endereço de e-mail e um telefone para os clientes consultarem pedidos e obter outras informações relacionadas a eles.

Há algum tempo o Carrefour vem passando por dificuldades no mercado brasileiro o que fez, inclusive, com que a rede cogitasse a fusão com o Grupo Pão de Açúcar (GPA), causando mal estar entre Abílio Diniz e o Casino, que assumiu a operação do GPA este ano. Mesmo assim, o Carrefour figurou em segundo lugar na lista dos 10 maiores varejistas, em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar), com faturamento de R$ 28,8 bilhões. Fontes ouvidas pelo Meio & Mensagem estimam que o faturamento de sua operação de e-commerce, isoladamente, tenha sido de R$ 500 milhões no período.

A operação de e-commerce do Carrefour foi liderada por Jonas Ferreira (então egresso da Pernambucanas). Após o lançamento, o executivo permaneceu no Carrefour por cerca de um ano e meio.

Gerson Rolim, diretor de comunicação da Câmara e-Net, que reúne empresas que atuam no comércio eletrônico, lamentou a decisão do Carrefour. “Ficamos tristes e abismados com um movimento como esse, visto que nada cresce a taxas entre 25% e 30% no Brasil como o e-commerce”, disse Rolim. O executivo avalia que a medida, pensando no mercado como um todo, não é uma decisão natural.

Ele lembra que também as Pernambucanas, quando decidiram sair do e-commerce, não explicaram muito bem a decisão. E empresas europeias, segundo ele, costumam ser ainda mais restritivas em relação à liberação de informação sobre seus negócios no País. Para Rolim, elas podem até voltar, mas “a perda de market share nessa operação de sair e voltar é inestimável”.
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