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?A Copa começou e o resultado já existe?

Para Nizan Guanaes, do Grupo ABC, os frutos da Copa do Mundo Fifa de 2014 já estão sendo colhidos


28 de novembro de 2011 - 7h44

A Copa do Mundo, segundo Nizan Guanaes, chairman do Grupo ABC, é ordenadora pois é um sonho  com prazo, tem deadline. E se a disputa pela taça da Fifa só começa em 2014, para o mercado o evento já começou. “A Copa já começou. O resultado já existe. A Soccerex é um resultado. A XYZ é um resultado”, disse o empresário no painel “O papel das agências em mega eventos esportivos”,  no primeiro dia de palestras da Soccerex, evento que acontece até 30 de novembro no Rio de Janeiro.

Para Nizan, a melhor estratégia  para as agências tradicionais de publicidade realizarem um grande trabalho para seus clientes durante o mega evento esportivo é fazer de tudo, menos ser uma agência tradicional. “O Brasil é forte em futebol e em publicidade, mas em marketing esportivo ainda não somos o jogador que temos o potencial de ser. Este momento é desafiador e interessante para nós e tenho certeza que se formos maduros vai acontecer como no futebol: os ingleses inventaram e nós adaptamos e ganhamos jogando do nosso jeito”, projetou.

Com 27 anos de mercado, 22 escritórios em seis continentes, oito clientes dentre os 30 maiores patrocinadores esportivos mundiais e responsável por ajudar a aplicar uma verba de US$ 3 bilhões, a Octagon vislumbra um futuro promissor para o mercado no Brasil e no mundo. Segundo Rick Dudley, presidente e CEO da Octagon Worldwide, a Copa do Mundo e a Olimpíada devem gerar impactos de US$ 105 bilhões no País.

“Os números são de tirar o fôlego. Estou confiante que o Brasil vai estabelecer um benchmark da evolução da globalização do futebol. O fato de sediar estes grandes eventos transforam São Paulo e Rio de Janeiro no epicentro para as marcas que querem se estabelecer. Será uma grande oportunidade para clubes e ligas se desenvolverem” aponta Dudley.

Ainda segundo o executivo, três fatores devem impactar positivamente o mercado no futuro próximo. O primeiro é a mudança do consumo de esportes com a chegada de novas telas junto com a tradicional TV, o que gera novas oportunidades de comunicação com o público. O segundo é o crescimento do apelo do futebol nos Estados Unidos. “O futebol será o terceiro esporte mais popular dos Estados Unidos até 2014. A Fox Sports pagou US$ 650 milhões pelos direitos das próximas Copas. É muito dinheiro e eles não gastariam se não enxergassem vantagem”, conta.

Por fim, o terceiro ponto é o desenvolvimento de mercados emergentes com poder de contratar grandes craques. O Brasil já testemunha esse movimento com a volta nos últimos anos de jogadores como Ronaldo, Adriano, Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Luis Fabiano, e, além disso, a permanência de jovens promessas como Neymar, Ganso e Lucas.

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