CMOs de Kraft Heinz, IBM e Elo dividem palco no MNB
Executivos deram sua visão sobre assuntos como a briga por talentos no mercado e o poder de atração de suas marcas nesse sentido
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Roseani Rocha
22 de outubro de 2021 - 19h15
Entre as muitas notícias preocupantes dadas pela economista-chefe do Santander, Ana Paula Vescovi sobre o cenário para 2022, dois pontos davam certo alento e fôlego à esperança, a adesão dos brasileiros à vacinação e um movimento de melhora, com a reabertura, nos níveis de emprego. Este último ponto, por outro lado, acirra no mercado a disputa por talentos. E foi daí que Jonas Furtado, diretor de conteúdo do Meio & Mensagem, partiu para questionar três dos CMOs presentes no Marketing Network Brasil (MNB) sobre como dar espaço a aprendizados – já que informação apresentada em outro painel dizia que 20% das pessoas se dizem dispostas a deixar uma empresa caso sintam não estar evoluindo em seus conhecimentos – e da própria marca como fator de atração e retenção.
Isabella Rizzo, vice-presidente de marketing e R&D Latam da Kraft Heinz, ressaltou que os líderes das empresas estão muito acostumados a “controle” e, em muitos casos, quanto mais controle, menor espaço se dá para fazer a equipe conseguir levar a companhia a novos e diferentes lugares. Por isso, para ela, a noção de diversidade passa além das questões de gênero, raça etc. e inclui também a esfera do pensamento, de diferentes ideias. “E marcas importam sim em muitos quesitos. Somos todos consumidores e queremos sentir identificação”, disse.
Já Marcelo Trevisani, CMO da IBM, destacou que a companhia chegou aos 110 anos por ter tido sempre a cultura de diversidade e inclusão, assim como dar flexibilidade às pessoas. Também destacou a crença no aprendizado coletivo, em retirar burocracias do caminho, mas não a disciplina. “Sempre dedico de uma a duas horas para aprender algo”, contou.
Luis Cassio, diretor de marketing da Elo, ao ser questionado sobre o planejamento para 2022, respondeu que “não está pronto” e “organizar é estar desorganizado”, embora uma empresa de capital aberto não possa fugir de certas obrigações, mas pode incluir coisas como um modelo ágil.
Trevisani, da IBM, enfatizou (especialmente após as previsões da economista-chefe do Santander) que “o incerto faz parte da agenda dos brasileiros há tempos, por isso a criatividade é tão essencial”.
E ao comentar seus relacionamentos com os respectivos fornecedores de comunicação, Isabella, da Kraft Heinz exaltou o compartilhamento de valores e ambições que se conectem; Luis Cassio que sua principal agência ainda faz “um puta filme”, mas uma parceria hoje é mais que mercantilista e diz respeito a terem um mesmo foco; e Trevisani reforçou a importância de uma parceria real e da inteligência coletiva, que ajuda a trazer novos olhares.
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