Easy desiste de serviço de caronas e foca em táxis
Aplicativo que recentemente se juntou à Cabify retoma ao seu formato original e descontinua o EasyGo, serviço que concorre com Uber e 99
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Luiz Gustavo Pacete
15 de setembro de 2017 - 10h19
A Easy, aplicativo de mobilidade urbana, vai descontinuar seu serviço de caronas, o EasyGo a partir da próxima semana. De acordo com comunicado, a empresa alega que passa a focar nos serviços de táxi. “A decisão foi embasada no reconhecimento da relevância deste modelo no atual mercado de transporte e o grande potencial como facilitador na mobilidade urbana do País”, diz o comunicado.
Cabify está à procura de agências
Nas contas da Easy, existem 141 mil taxistas nas 12 principais capitais do Brasil e esse volta a ser seu foco de negócios. “Nosso maior concorrente é ainda a corrida de rua, e é atrás destes pedidos que vamos trabalhar nossa estratégia Brasil” diz Fernando Matias, CEO da Easy no Brasil. O EasyGo foi criado em julho do ano passado com o objetivo de fazer frente à concorrência da Uber.
Ainda de acordo com Matias, nesta nova fase, os esforços estarão voltados para garantir aos passageiros um serviço de táxi da mais alta qualidade, rápido e a um preço mais acessível. “Além de garantir melhorias e segurança para passageiros e motoristas de táxi, vamos aprimorar ainda mais os níveis de atendimento, transparência e reforçar parcerias que tragam benefícios aos usuários do aplicativo. Queremos o táxi cada vez mais acessível, inclusive viabilizar estratégias com o transporte coletivo”, explica Matias.
Começa a consolidação dos apps de mobilidade
A mudança no posicionamento da Easy ocorre alguns meses após a empresa ter sido comprada pelos operadores da Cabify. Em entrevista recente ao Meio & Mensagem, Daniel Velazco, diretor-geral da Cabify, afirmou que as duas marcas iam operar de forma separada. “Já acontece uma sinergia. São duas marcas dentro de uma holding que vai definir os segmentos mais convenientes para atuar”, disse.
O negócio entre Cabify e Easy ocorreu ocorre em um momento acirrado para o mercado de mobilidade urbana no Brasil. Em maio, a concorrente 99 recebeu um aporte histórico de US$ 200 milhões com o fundo chinês Chuxing e o japonês Softbank. Recentemente, em abril, a Cabify já havia anunciado um investimento de US$ 200 milhões no Brasil.
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