Hering engrossa lista de marcas criticadas por camisetas
Peça com os dizeres “Que se dane a cerveja artesanal” foi retirada das lojas e rendeu pedido de desculpas da empresa
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Renato Rogenski
10 de fevereiro de 2020 - 13h29
Por conta de um de seus produtos comercializados na web, desde o final da semana passada a Hering tem tido que lidar com críticas do público e a hashtag #quesedaneahering nas redes sociais. A peça em questão é uma camiseta com os dizeres “Que se dane a cerveja artesanal”, que estava sendo vendida por R$ 49. O problema apontado principalmente por aqueles que consomem as bebidas da categoria é o timing, já que a camiseta ganhou destaque no acervo digital da marca justamente no momento em que a cervejaria Backer, de Belo Horizonte, teve problemas com um lote contaminado de sua cerveja.
Na semana passada, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou um boletim atualizando para seis o número de mortos que podem ter se intoxicado por dietilenoglicol, substância encontrada na cerveja mineira. Procurada, a Hering informou, por meio de um comunicado, que “lamenta a distribuição do produto em questão e se compromete a revisar todos os seus processos”. Como primeira medida, a Hering afirmou também já ter retirado todas as camisetas de circulação e ressaltou que tem como premissa “o respeito a todos os seus consumidores“.
Seja pelo timing ou por outro motivo, não é a primeira vez que a prática de estampar frases em camisetas causa desconforto para as marcas com as críticas do público. Em 2016, uma camiseta da Forever21 com a frase “Don’t say maybe if you want to say no”, na tradução “Não diga talvez se você quer dizer não” também foi alvo de críticas. Na ocasião, a peça também foi retirada de linha, rendendo um pedido de desculpa da empresa para o público, que viu na mensagem uma incitação à cultura do assédio.
Em 2018, a marca A Mulher do Padre colocou à venda uma camiseta com o símbolo da Febem, atual Fundação Casa, que abriga menores infratores, e também passou pelo mesmo processo: retirada das peças de circulação e um pedido de desculpas.
Em 2019, até mesmo a Versace precisou se retratar por conta de uma escorregada na estampa de uma de suas camisetas, que identificava os territórios de Hong Kong e Macau como se fossem países, para a ira dos chineses. A própria Donatella Versace, diretora artística da grife, publicou o pedido de desculpa em seu perfil no Instagram “A Versace reitera que amamos profundamente a China e respeitamos resolutamente o território e a soberania nacional da China”.
Crédito da imagem de topo: reklamlar/istock
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