Luiza Trajano comenta sua faceta youtuber
A participação da empresária em centenas de lives durante a pandemia inspiraram a criação do programa “Eu nunca pensei que”, concebido pela agência GiveBack, com produção da O2
A participação da empresária em centenas de lives durante a pandemia inspiraram a criação do programa “Eu nunca pensei que”, concebido pela agência GiveBack, com produção da O2
Roseani Rocha
28 de maio de 2021 - 6h00
Na última segunda-feira, 24, Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, além de membro de 12 entidades, que vão do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) à Unicef, começou oficialmente uma nova atividade: a de youtuber.
Aos 72 anos, a empresária inaugurou um canal na rede social de vídeos do Grupo Alphabet para comandar o programa “Eu nunca pensei que”, no qual entrevistará personalidades de perfis diversos. A primeira foi a pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcomo e outras já foram gravadas, entre elas com o DJ Alok, a jornalista Ana Paula Padrão e a cantora Daniela Mercury. A temporada de estreia tem onze episódios (dez produzidos e dirigidos pela O2), cada um com aproximadamente 20 minutos de duração. E eles entrarão no ar sempre às segundas-feiras, conforme a coordenação e concepção criativa da agência GiveBack.
Na entrevista a seguir, Luiza Trajano comenta a nova empreitada, suas expectativas com o projeto e até os incentivos que muita gente – na internet e fora dela – tentou dar para que ela se tornasse candidata a presidente do Brasil.
Meio & Mensagem – A agenda da senhora já não era fácil. Ainda assim, colocou mais uma atividade nela. O que a motivou a esse novo projeto de ter um canal no YouTube?
Luiza Helena Trajano – Durante a pandemia, estive muito presente em centenas de lives e painéis com o objetivo de ajudar as micro e pequenas empresas e entidades, sempre conversando com os mais variados públicos, e o canal do YouTube acabou nascendo da vontade de continuar conhecendo pessoas que se reinventaram e dar esperança por meio de ações de quem se superou e pessoas que estão fazendo a diferença para inspirar outros brasileiros.
M&M – O nome do programa – “Eu nunca pensei que” – foi criado pela senhora? Parece algo muito propício a este momento de pandemia, em que muita gente teve – e está tendo – de se reinventar. Depois que passarmos por isso tudo, o programa deve continuar?
Luiza – Foi proposto pela agência GiveBack, que passou a me assessorar em todos esses propósitos. Ele nasceu de nosso entrosamento e conversas para criar algo que me representasse. Espero que a pandemia passe o quanto antes, para isso estamos trabalhando firme com o movimento Unidos Pela Vacina, pois esta é a única solução para normalizarmos a situação. Espero também continuar o canal, mas não tenho pressa ou planos de longo prazo, prefiro ir acompanhando e adequando os projetos à realidade.
M&M – Qual será a frequência de entrevistas, como organizou com a O2 essa produção? E quem escolhe os entrevistados, com base em que critérios?
Luiza – A GiveBack contratou a O2 para fazer a produção. Devido à agenda procuramos sempre gravar dois programas em um único período, e as pautas e entrevistas são definidas em reunião em que juntamos várias pessoas para ter a maior diversidade de ideias possível.
M&M – A senhora continua sendo uma das pessoas mais engajadas em promover a vacinação, tanto que sua primeira entrevistada foi a Dra. Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fiocruz. Como avalia o andamento da vacinação e a condução da pandemia pelas autoridades, assim como o engajamento da iniciativa privada?
Luiza – Os primeiros episódios não poderiam deixar de ser sobre a vacina, a causa mais urgente hoje, e apresentamos o movimento Unidos Pela Vacina e a pesquisa que fizemos nas prefeituras de todo o Brasil. Agora, estamos na fase de dotar as cidades com a infraestrutura necessária para possibilitar a vacinação rápida e eficiente, para isso as estamos conectando com padrinhos, que podem ser empresas ou pessoas físicas. Não estamos discutindo o que foi feito ou não, mas estamos trabalhando olhando o que precisa ser feito, e o engajamento da iniciativa privada está superando todas as expectativas. Estamos deixando um legado duradouro para todas as cidades do Brasil, e está nascendo uma união muito grande da sociedade civil.
M&M – Quando muita gente começou a defender que a senhora se candidatasse à presidência, qual foi seu sentimento a respeito?
Luiza – Entendo que a partir do momento em que você atua fortemente, é natural muitos associarem a uma vontade de candidatura. Eu sou uma forte agente política, mas apartidária, nunca fui filiada, e meu objetivo é a transformação do país a partir da força da união da sociedade civil. Estamos caminhando para isso, e o Grupo Mulheres do Brasil atingirá, em breve, 100 mil mulheres. Convido a todas a entrar no site www.mulheresdobrasil.org.br e conhecer o movimento e suas propostas.
M&M – No Instagram, onde é muito ativa, a senhora tem pouco mais de meio milhão de seguidores. Qual sua expectativa para o canal no YouTube?
Luiza – Não tenho expectativas de quantidade, a intenção é fazer um trabalho de qualidade e trazer informações de relevância.
M&M – A senhora já era uma influenciadora famosa, o que a fez até estrelar campanha do Santander, por exemplo. Virar youtuber pode acelerar também seu papel como garota-propaganda?
Luiza – Essa foi uma campanha de parceria entre o Magazine Luiza e o Santander, foi pontual. Sou muito mais uma influenciadora e lutadora de causas para o Brasil.
M&M – Todos os youtubers famosos acabam monetizando bem sua atividade, atraindo anunciantes. Isso certamente não é uma questão para a senhora, que já é uma empresária muito bem-sucedida. Mas ao se confirmar essa fama também no YouTube, como pretende direcionar seus ganhos na plataforma?
Luiza – Meu interesse não os são ganhos na plataforma. Eu sempre destinei os cachês de palestras e eventos para entidades, como a ONG Franca Viva e o Grupo Mulheres do Brasil.
(*) A reportagem foi atualizada às 09h17.
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