Nexpe surge com foco na experiência do consumidor
Buscando divergência e especificação para atender diversos nichos, nova marca é reposicionamento da Brasil Brokers e guarda-chuva para todas as marcas do grupo
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Giovana Oréfice
29 de março de 2022 - 12h41
A aquisição de um imóvel, na maior parte das vezes, é um marco na vida de indivíduos e famílias. Nos últimos dois anos, o setor imobiliário passou por uma adaptação de processos para se adequar à revolução tecnológica que tomou conta dos segmentos da economia. Tendo em vista a digitalização e desburocratização das operações de compra e aluguel de imóveis, a Brasil Brokers apresenta nesta terça-feira, 29, seu rebranding, passando a se apresentar sob o nome de Nexpe.
De “new experience”, o reposicionamento, que teve início há 18 meses feito ao lado da agência Interbrand, pretende abraçar toda a jornada imobiliária com base nas empresas da holding — Desenrola, Credimorar, Abyara, Convivera, Bamberg e Brasil Brokers (um nome ainda forte como operação de vendas no Rio de Janeiro) – intermediando processos e descomplicando a experiência do cliente. “Cada uma das modalidades dentro do mercado imobiliário precisa de uma determinada especificação e talentos. Por isso, fazia muito sentido criar essa divergência dentro da holding”, diz Guilherme Blumer, diretor de marketing da Nexpe.
A mudança levou em consideração estudos que analisam o mercado de proptechs em mercados internacionais, como Estados Unidos, a fim de buscar referências de iniciativas que poderiam ser aplicadas no Brasil. Justamente, a estratégia importada é a criação de marcas e negócios específicos para contemplar diferentes nichos com maior afinidade de atendimento das necessidades de cada público-alvo envolvido na compra e aluguel de imóveis.
Ainda que a holding já nasça com seis marcas, o executivo não descarta a criação de outras empresas conforme surjam necessidades pontuais, a fim de construir uma experiência “tailor made”, que facilite a jornada imobiliária. O viés tecnológico e de inovação também está no radar da empresa, tendo nesses conceitos o core do negócio sob soluções e plataformas próprias sempre que possível. Segundo o executivo, a tecnologia se comporta na Nexpe como “o meio, e não o fim”.
“Neste momento, a nossa ideia é construir escala, tracionar e ganhar market share dessas empresas que já construímos. Obviamente, muitos canais adjacentes do mercado imobiliário são mapeados por nós a todo momento”, aponta Blumer, que ressalta parcerias da Nexpe com fundos de investimentos de venture capital, assessorias que unem a holding ao ecossistema de startups, para que a companhia entenda segmentos e tendências das quais podem se aproveitar. “Olhando para essa sinergia que envolve a Nexpe com essas seis empresas, chegamos ao ponto principal que é trazer especialistas para um processo de product selling interessante”, conta o diretor. Entre as dores dos consumidores identificadas pela holding está a dificuldade de comunicação existente entre consumidores e empresa, por exemplo, sanada em grande parte pela Desenrola.
Todas as operações seguem pautadas pela ideia de que o consumidor dita as regras. Mesmo que a companhia entenda que a transformação digital em curso, acelerada pela pandemia, tenha papel fundamental nos processos imobiliários hoje em dia, Guilherme explica que as marcas sob o guarda-chuva da Nexpe transitam entre o “figital” – da união entre experiências físicas e digitais –, dando ainda mais destaque à omnicanalidade.
Neste novo momento, as estratégias de comunicação e marketing miram na construção de engajamento via branding, indo desde redes sociais até construção de estilo para cada uma das marcas, que continuam tendo autonomia de atuação. A principal intenção é dar respaldo, robustez e energia a elas, baseando-se em na importância de ações de tráfego direto. “É muito mais entender quem é você e qual é o seu momento, catequizar e educar sobre o processo imobiliário do que ver simplesmente um produto”, explica Blumer.
A ambição da Nexpe a médio prazo é atingir a meta de market share de 10% até 2026. O diretor reforça o fato de que as empresas da holding têm vida própria e, dentro dos segmentos, criação ações específicas para que o objetivo geral da holding seja alcançado dentro do tempo estipulado.
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