Cabo instituirá novas taxas de acesso nos EUA
Iniciativa da TV é vista como estratégia para atingir serviços on demand como Netflix e Hulu
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Meio & Mensagem
1 de dezembro de 2011 - 11h16
A Time Warner Cable e outras operadoras de TV por assinatura dos EUA estão prestes a instituir novas taxas para o acesso à internet dos usuários que consomem altas bandas. Os heavy users são, justamente, os maiores usuários de serviços on demand como Netflix e Hulu, que têm ameaçado as operadoras que oferecem programação linear. Além da Time, também a Cox Communications e a Charter Communications poderão passar a cobrar pela quantidade de dados consumidos, e não mais apenas pela velocidade de transmissão.
Essa iniciativa reduziria o apelo pelo consumo de vídeo on demand da Netflix e Hulu, entre outros, e afastaria, por ora, a ameaça de novos concorrentes como Amazon e Google. A Netflix e o Hulu são dois dos principais serviços que contribuíram para a elevação do uso da internet nos horários de pico, que são os mesmos horários nobres da TV. Google, Amazon, Apple, HBO e Showtime são algumas das empresas que têm espectadores online e também têm desenvolvido apps para tablets iOS (iPad, Apple) e Android (Google).
O fato é que, enquanto os serviços on demand crescem, os operadores de cabo lutam para manter o lucro e concorrer com o satélite da DirecTV, o FiOS, da Verizon e o U-Verse, da AT&T. E, além disso, programadores como ESPN e Walt Disney também começam a exigir taxas mais altas. A Time Warner Cable, que é a segunda operadora de cabo dos EUA, atrás da Comcast, perdeu 126 mil assinantes no terceiro trimestre. E já testa meios de medir o consumo de banda larga com a finalidade de cobrar preços diferenciados.
A AT&T cobra uma taxa extra de US$ 10 para cada consumo adicional de 50 GB quando o assinante excede o plano mensal de 150 GB por três meses consecutivos. A Cox, terceira maior empresa de cabo, embora não cobre os dados excedentes, aconselha o assinante a reduzir o uso ou escolher um outro plano. A empresa não informa se passará a cobrar com base nos dados usados. A Charter, quarta operadora, também não impõe taxas sobre excesso de uso.
Claro que a Netflix e a Dish Network (que assumiu a locação online da Blockbuster) protestam. Estima-se que, até 2015, 12,1 milhões de lares dos EUA receberão programas de TV e filmes a partir de serviços de internet ao invés de operadores tradicionais de TV. Atualmente, 2,5 milhões de residências já consomem conteúdo de TV pela internet.
Do Advertising Age.
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