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Black Friday 2019 será omnichannel
Para 2019, a tendência é a utilização de dados para garantir a assertividade e a escolha do dispositivo correto (mobile, desktop...) para exibição do anúncio e impacto do público.
Para 2019, a tendência é a utilização de dados para garantir a assertividade e a escolha do dispositivo correto (mobile, desktop...) para exibição do anúncio e impacto do público.
ProXXIma
28 de outubro de 2019 - 8h48
Campanha de marketing digital bem estruturada será diferencial e marcas devem se preparar
Por Edu Sani (*)
Criada nos Estados Unidos com o intuito de acelerar as vendas do Natal oferecendo grandes descontos, a Black Friday é realizada todos os anos na última sexta-feira de novembro. No Brasil a data vem ganhando espaço e, em 2019, o número de pessoas que farão compras pela internet será igual aos compradores das lojas físicas segundo o estudo “Temporada Black Friday” realizado pelo Google em parceria com o instituto de pesquisa Provokers. Segundo uma outra pesquisa, divulgada pela plataforma de comércio eletrônico Zoom, 66% dos compradores da Black Friday estão pensando em aproveitar a data para antecipar as compras de Natal. Em 2018 a data movimentou 2,6 bilhões de reais somente no comércio online, segundo dados do Ebit|Nielsen, um aumento de 23% com relação a 2017, muito acima do esperado.
Para 2019, a tendência é a utilização de dados para garantir a assertividade e a escolha do dispositivo correto (mobile, desktop…) para exibição do anúncio e impacto do público. Vale frisar que dados são extremamente importantes, porém sem a combinação entre estratégia e otimização de BID (gerenciador de apostas), os resultados não serão os mesmos, por isso a importância de uma operação via trading desk.
Ao invés de apenas estimular a compra por impulso, a Black Friday pode ser uma plataforma ideal para aumentar o impacto da mídia programática direcionada e envolver de maneira mais significativa clientes e possíveis clientes. Bombardear com anúncios não cria uma experiência de marketing para os consumidores de hoje, porque as marcas impactam incansavelmente com mensagens em diversos dispositivos, e isso é ainda pior durante datas comemorativas, quando as mensagens se tornam cada vez mais frenéticas.
Com tantos clientes fazendo compras online e sendo impactados a todo momento, leva vantagem quem se prepara para a data e trabalha com eficiência e inteligência de dados – adiar a estratégia até o último minuto faz com que a campanha perca valor quando se trata de capturar a atenção do comprador. Com antecedência, é possível criar um storytelling de banners, por exemplo, que resulta em campanhas muito mais assertivas que só trabalhar com anúncios padronizados para todos os públicos.
A mídia programática possui várias formas de segmentações, uma das principais e mais recomendadas é o uso de dados 3rd party combinados com dados demográficos e geográficos. Os dados 3rd party são dados fornecidos por DMP’s, plataformas de gestão de dados e cookies que servem como forma de segmentação de audiências para direcionamento de anúncios. Com esses dados vinculados às DSP’s, que são as plataformas de compra de mídia via programática e com o briefing em mãos, é traçado o perfil do público alvo e as principais audiências para se atingir o objetivo da campanha.
A Black Friday é apenas um dia no calendário, mas a jornada do consumidor começa muito tempo antes da Black Friday e continuará muito além. Em um mundo perfeito, os profissionais de marketing terão suas campanhas digitais iniciadas cerca de duas semanas antes da data para atingir um pico perfeitamente cronometrado de reconhecimento da marca. Além do foco em vendas, é possível usar a mensagem da Black Friday para garantir que estejam na intenção de compra de clientes que posteriormente vão buscar compras de presentes de Natal.
A Black Friday não se refere apenas à venda de produtos, mas também ao reconhecimento da marca, por isso é uma ótima oportunidade para, além de vender, conscientizar sobre o produto e marca.
(*) Edu Sani é sócio fundador da AdsPlay Mídia Programática. Criador do podcast Programática na Veia e professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), fundador da Programmatic Everywhere.
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