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1 de abril de 2019 - 17h11
Por Daniel Bergman (*)
Nos últimos anos, um nicho de mercado vem prosperando: o de fintechs. Embora muitos o não conheçam por esse nome, a maioria já ouviu falar em grandes empresas que se enquadram nessa área, como os bancos digitais que estão surgindo no Brasil. E quando falamos de representatividade, o Brasil é o país da América do Sul com o maior número de empresas desse tipo, de acordo com um levantamento do Finnovista, e, segundo a Conexão Fintech, movimentam mais de de R$ 400 milhões por ano. Mas, afinal, por que elas atraem tanto os consumidores brasileiros?
São diversos os motivos que levam a isso, e uma das razões resulta da necessidade do consumidor por serviços mais fáceis, confortáveis e menos burocráticos. Grande parte das novas companhias atuam exatamente com isso: permitem, por exemplo, com apenas um toque e poucos minutos, que tudo seja resolvido de forma prática, rápida e até mesmo mais barata.
A concentração bancária foi outro fator que acabou fazendo com que novas alternativas começassem a surgir para atender essa nova demanda dos clientes. Essas novas companhias são capazes de solucionar problemas que as instituições financeiras tradicionais não resolvem, pois tornaram os procedimentos mais fáceis de serem compreendidos e executados. Sendo assim, umas das principais tendências que enxergamos é a descentralização dos serviços financeiros, tradicionalmente concentradas nos cinco grandes bancos brasileiros, criando produtos que provocam naturalmente esse fluxo.
Neste mesmo caminho, a digitalização e popularização dos smartphones também foi um dos pontos cruciais deste aumento. Hoje no Brasil existem cerca de 220 milhões de aparelhos, segundo estudo da FGV, que fizeram com que a distância entre empresas e clientes se tornasse menor a ponto de um aplicativo ser o suficiente para manter uma relação com o consumidor sem a necessidade de uma agência física. E, nesse ponto, percebemos cada vez mais que as pessoas procuram fazer tudo pelos celulares. Pagar contas, realizar transferências, visualizar extratos, entre outras atividades mais frequentes nos aplicativos mobile.
Analisando esse cenário, podemos dizer que em pouco tempo o dinheiro deixará de ser tão importante fisicamente, visto que em alguns países, como a Suécia e a China, já existe a cultura de carteiras digitais, que dispensam inclusive o uso de cartões por meio de pagamentos via NFc e QR Code. Aqui no Brasil, já temos exemplo reais de como isso vem acontecendo. Com Movile Pay e iFood, já iniciamos esse movimento com pagamentos em restaurantes via QR Code, e a tendência é só expandir.
Por fim, olhando para todo este contexto, percebemos que o setor financeiro vem sendo bastante atrativo até mesmo para companhias fora desse nicho, que enxergam oportunidades de soluções, ferramentas e gestão para as novas tecnologias, a fim de aperfeiçoá-las para melhorar a experiência de seus clientes. Aqui no Grupo Movile não é diferente, para atingir o nosso sonho de impactar a vida de 1 bilhão de pessoas, estamos trabalhando diariamente para aperfeiçoar nossos processos e para tornar os procedimentos cada dia mais fáceis aos usuários.
(*) Daniel Bergman é CEO da Movile Pay, fintech para rotinas financeiras, com carteira digital que dispensa o uso de cartões e dinheiro.