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Todo mundo mente: a diferença entre pesquisas e big data

Se trazemos as análises para as redes sociais, encontramos um verdadeiro “banquete” para quem tem fome de uma análise comportamental ainda mais aprofundada.


4 de agosto de 2020 - 8h04

 

 

Erich Casagrande (*)

 

Quem nunca mentiu ao responder uma pesquisa, mesmo que sem ser intencionalmente, que atire a primeira pedra. Uma mentirinha inocente, seja na idade, hábitos de consumo, renda familiar. Para quem responde, mesmo que anonimamente, pode ser desconfortável revelar alguns pontos mais pessoais, ainda que “ninguém esteja olhando” – hoje temos no Brasil e no mundo mecanismos de proteção de dados bem mais robustos. Porém, para quem depende de dados para desenvolver uma solução, lançar um produto ou realizar um levantamento para a imprensa, esse tipo de atitude pode ser um pesadelo.

 

A verdade é que pessoas mentem, não tem jeito, mas não é o fim da linha. A tecnologia que temos hoje em dia garante que, por meio de algoritmos e machine learning tenhamos bases de dados com altíssima confiabilidade, mais complexas e que oferecem uma análise bem mais acurada do que quer que seja. Graças aos mecanismos de pesquisa e às mídias sociais, temos acesso a uma quantidade imensurável de informações disponíveis para especialistas em marketing com o toque de um botão com uma quantidade de estatísticas anônimas (sem censura) que dificilmente poderíamos imaginar antes. 

 

Quando falamos de marketing digital, a análise de domínios, subdomínios, URLs e palavras-chave com base em algoritmos permitem uma visão macro do cenário e um investimento inteligente com soluções tomadas norteada por dados. A SEMrush, por exemplo, possui uma Rede Neural, um algoritmo combinado que faz referência a várias fontes de dados e reconhece padrões em uma escala tão grande que seria impossível para humanos. Esse método permite compreender os dados e padrões a partir de um processo preciso de análise de como as pessoas buscam respostas e informações na internet. Tudo de maneira anônima, é claro, mas organizada de forma que permita que seja criado um panorama amplo de comportamento online.

 

Se trazemos as análises para as redes sociais, encontramos um verdadeiro “banquete” para quem tem fome de uma análise comportamental ainda mais aprofundada. Você já se perguntou o que as pessoas estão realmente achando do novo fenômeno do TikTok? Isso pode ajudar marcas que pretendem fechar ações com um criador de conteúdo. E o que a internet pensa de uma versão feminina do James Bond? Isso pode impactar diretamente na nova série da Netflix. E aquele biscoito que era febre para quem cresceu nos anos 90, faz sentido voltar com ele? “Jogando a isca” e analisando as reações das pessoas em mídias como Twitter, Facebook, Instagram, dá pra saber se colocá-lo novamente nas prateleiras é uma boa estratégia. Importante destacar aqui que nós coletamos apenas dados públicos – e sabendo o que fazer, é possível gerar análises realmente muito efetivas e interessantes estrategicamente. 

 

Acho interessante contar que, na minha experiência, venho participando de conversas importantes e atuais que podem ir muito além de estratégias de mercado e podem trazer comportamentos e informações urgentes, como por exemplo os alarmantes dados de crescimento pela procura de serviços de assistência à violência doméstica, característica identificada em diversos países. O que podemos concluir, afinal, é que hoje temos ferramentas acessíveis que fornecem uma inteligência de mercado gigantesca, que tem tanto o poder de alavancar negócios quanto de proporcionar informações para que mudanças importantes aconteçam na sociedade. Se você está desesperado para entender seu público, que pode ter mudado drasticamente de comportamento em meio à pandemia, esse é o seu dia de sorte: os dados não mentem. 

(*) Erich Casagrande é Marketing Manager Lead da SEMrush no Brasil

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