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O futuro dos jornais: vídeo será mensagem central do meio
A expectativa de Jean-Marie Dru, presidente mundial da TBWA, para 2015, destaca a necessidade de inovação e romper com paradigmas antigos
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19 de agosto de 2014 - 10h22
POR MIRELLA PORTIOLLI
Do Meio & Mensagem
A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Jornais (CBN) começou, nesta segunda-feira, 18, com uma mensagem que reforça a necessidade de discutir inovação e romper com paradigmas antigos.
Para compartilhar experiências nessa área, Jean-Marie Dru, presidente mundial da TBWA, mostrou cases sobre marcas, como Nissan e Gatorade, com as quais trabalhou. O executivo, que criou a metodologia da disrupção para modificar o posicionamento das empresas, aconselhou que o mercado precisa precisa buscar inspirações em companhias que estão adequando sua linguagem às mudanças contemporâneas.
“Tudo começou no papel, mas tem que ter presença no digital”, ressaltou o profissional, que destacou a importância do vídeo no jornalismo. Para Jean-Marie Dru, essa tendência será consolidada já no próximo ano. Recentemente, Bloomberg, Reuters e The Guardian incluíram em sua comunicação aplicativos que permitem transformar notícias em conteúdo audiovisual. TouchCast é um desses apps, que realizam a função a partir do uso de algoritmos que buscam num banco de imagens extenso fotos que resumam o assunto. “Compartilhar a informação aumenta o alcance e o público cresce”, afirmou durante a primeira palestra do evento.
Na avaliação do presidente da TBWA, é possível trilhar o caminho da inovação, seja na publicidade ou no jornalismo, com o uso princípios, como organização, crowdsourcing, sustentabilidade e renovação.
Embora tenha reconhecido saber pouco do trabalho dos jornalistas, Jean-Marie Dru afirmou que seu trabalho de maior reconhecimento foi para um jornal. Uma publicação de oposição do Zimbábue queria questionar a inflação do país, que chegava a US$ 1 trilhão. A ideia foi criar uma campanha de mídia exterior impressa nas próprias cédulas do país, para mostrar que era mais barato imprimir no próprio dinheiro do que no papel. “A iniciativa salvou o jornal porque aumentou sua circulação e o regime teve que interromper o uso dessa moeda”, disse. O Zimbábue passou a utilizar apenas dólar e a moeda da África do Sul.
Carlos Fernando Lindemberg Neto, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), abriu a 10ª edição do Congresso Brasileiro de Jornais. Os candidatos à Presidência estavam convidados para participar do evento, mas por causa da morte de Eduardo Campos, na semana passada, precisaram mudar suas agendas e, por isso, não comparecerão na iniciativa, que termina na terça, 19.
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