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Apps de live streaming, comida e transporte devem bombar na Copa

Estudo da Headway, em colaboração com a App Annie, estima que o consumo de conteúdo por mobile atinja 70% durante o torneio


19 de junho de 2018 - 9h45

Cada vez mais o mobile está presente como um dos principais aparelhos para obter informação e ganhar praticidade no cotidiano. A 21ª Copa do Mundo Fifa, que teve início na quinta-feira, 14, é um evento sobre o qual desenvolvedores de aplicativos podem lucrar em ambos os downloads e receitas publicitárias. Esse é um dos apontamentos feitos pela Headway, empresa de marketing de tecnologia, em estudo feito em colaboração com a App Annie, empresa de dados sobre apps dos Estados Unidos, que resultou no O Guia de App Marketing
para a Copa do Mundo.

Na Copa do Mundo de 2014, o destaque ficou para o uso de notebooks e desktops. Segundo o relatório, 70% do conteúdo foi consumido por computadores. De quatro anos para cá, de acordo com Andrea Orsolon, VP sênior de crescimento e performance da Headway no Brasil, a barateação de smartphones e o aumento de opções de planos que permitem maior acesso a internet sem consumo de dados contribuem para imaginar uma Copa do Mundo dominada pelo mobile e os aplicativos. “Provavelmente, este ano 70% do conteúdo será consumido em mobile, porque desktop virou um objeto de trabalho. Não dá para imaginar muitas pessoas usando o computador para acompanhar os jogos”, diz.

O estudo coloca que, em comparação com 2014,  o acesso à internet cresceu de 42,3% para 54,5% e 1 bilhão de smartphones foram vendidos no período de quatro anos. Hoje, dispositivos móveis representam 73% do consumo de internet e até a conclusão da pesquisa, 280 milhões de pessoas já foram impactadas por conteúdo sobre a Copa este ano. Além disso, em 2017, o usuário comum de mobile gastou, em média, três horas por dia fazendo uso de aplicativos.

Baseado nos dados de outros eventos esportivos norte-americanos, a Headway e App Annie estimam que a tríade dos aplicativos mais baixados durante o período será composta por apps de live streaming, alimentação e transporte por conta dos horários dos jogos e da paixão do brasileiro pelo evento. “A final da Copa passada foi assistida por 84% (164,5 milhões) da população brasileira, isso porque o Brasil não estava jogando. Então é impossível negar que o brasileiro ama futebol e vai fazer de tudo para assistir todos os jogos, principalmente pelo mobile”, conta a executiva. De acordo com o relatório, a audiência de serviços de streaming aumentaram em 45% no Super Bowl e 269% nas Olimpíadas de Inverno nos EUA.

Durante os jogos do Brasil, a VP acredita que o público vai estar atento à TV, mas o estudo indica que 80% dos entrevistados dizem usar seus aparelhos mobile enquanto acompanham a transmissão ao vivo pelo televisor para procurar estatísticas e vídeos da partida. “Os jogos do Brasil serão vistos em casa, pela TV, mas os demais terão audiência no mobile”, afirma. “Eu tenho certeza de que o pessoal vai ligar o fone no celular enquanto trabalha para acompanhar as partidas”, brinca a executiva.

Também por conta dos horários, para Andrea, o evento é uma oportunidade para as empresas de delivery e mobilidade de se engajarem no preparo de campanhas criativas, customizadas e que oferecem descontos personalizados. “O melhor horário para impactar o consumidor é quando ele decide ir para casa assistir aos jogos. Muita gente vai sair correndo do trabalho, então você pode oferecer corridas, e muitos vão estar pensando no que comer, então é uma ótima oportunidade para criar campanhas que dialogam com esse momento”. O estudo aponta que os apps mais baixados devem ser os oficiais desenvolvidos pela Fifa. Em 2014, o número de downloads chegou a 18 milhões.

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