Jade Picon e cultura africana: Arezzo é criticada por campanha

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Jade Picon e cultura africana: Arezzo é criticada por campanha

Criticada por convidar a influenciadora para estrelar ensaio com calçado feito com elementos inspirados na cultura da África, empresa diz que campanha não tinha essa temática


28 de setembro de 2022 - 6h05

Atualizada às 10h16

No último dia 19, a Arezzo começou a postar em seu Instagram e demais redes sociais os produtos e a campanha que marcam os 50 anos da marca. Para celebrar a data, a empresa de calçados e acessórios preparou uma coleção especial, que resgata modelos de sapatos e sandálias das últimas cinco décadas.

Jade Picon, influenciadora e empresária, estrela campanha da Arezzo

Jade Picon foi uma das modelos convidadas para estrelar a campanha da Arezzo; marca recebeu críticas por colocar a influenciadora para usar calçado cuja estética foi inspirada em elementos africanos (Crédito: Reprodução/Instagram)

Para representar os anos 1970, a empresa fez uma parceria com a marca de roupas Meninos Rei, de Salvador. que produziu calçados, de acordo com o perfil da Arezzo, com elementos que representem a cultura africana. Uma semana depois, no entanto, a iniciativa gerou diversas críticas nas redes sociais.

O motivo é que, entre as modelos selecionadas para a campanha dos 50 anos da Arezzo está a influenciadora e empresária Jade Picon que, nas fotos, apresenta a Anabela, um dos modelos clássicos da década de 1970. Nas redes sociais, as pessoas criticaram o fato de a Arezzo ter selecionado uma influenciadora branca para representar um produto que visa mostrar os elementos da cultura africana.

No texto, a empresa diz que a peça traz “elementos da cultura africana, com cores vibrantes e texturas marcantes”.
Em outra foto de Jade, a marca diz: “Os @meninosrei trouxeram o patchwork para a nossa clássica Anabela que confere uma pegada artesanal e super divertida para a sandália. Destaque para o laço em tecido africano que faz alusão aos turbantes usados por mulheres africanas, que representam o poder e a beleza feminina. Uma verdadeira obra de arte”.

Nas próprias fotos, algumas pessoas criticaram o fato de uma mulher branca ter sido convidada para usar os produtos que remetem à cultura africana.

Para representar as demais décadas, a Arezzo selecionou outros estilistas do Brasil e outras personalidades, incluindo mulheres negras. Nas coleções das outras décadas, no entanto, não há menção à estética africana nas peças.

Posicionamento da Arezzo

Nesta quinta-feira, 28, a Arezzo divulgou um posicionamento a respeito do assunto. A marca explica sobre a estratégia de celebração dos 50 anos e reforça que a coleção e a campanha não foram construídas com o tema de homenagem a mulheres africanas. Veja o posicionamento na íntegra:

Em setembro de 2022, a Arezzo comemorou 50 anos e, entre uma série de iniciativas, convidou 5 novos talentos da moda brasileira para reinterpretar um modelo clássico da marca de cada década.

Uma das marcas colaboradoras deste projeto foi a Meninos Rei, dupla de estilistas pretos e baianos, que recriou um dos modelos mais conhecidos da Arezzo, a sandália Anabella, representada em campanha por duas vozes femininas brasileiras – Clara Buarque, atriz e cantora (filha de Carlinhos Brown) e Jade Picon, influenciadora e atriz. 

A coleção e campanha não foram construídas com o tema de homenagem a mulheres africanas, mas de uma representação dos 50 anos da Arezzo, com o DNA criativo de cada marca participante do projeto. 

Em toda a campanha de Arezzo 50 anos, estiveram presentes outras mulheres negras, como Sheila Bawar (modelo), Cecilia Chancez (cantora) e Malia (cantora).

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