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Comunicação

Conar: não a viral, sim a uso de travesti

Órgão suspende filme da Trident e arquiva processo contra campanha da Nova Schin envolvendo um travesti denunciado pela ABGLT


16 de julho de 2012 - 11h03

Em reunião realizada na quinta-feira, 12, o Conar suspendeu vídeo viral da Trident que exibia um chiclete da marca congelando água instantaneamente, como prova de sua refrescância. Na avaliação do órgão, a peça não dava indícios de que o experimento era mentiroso. E o considerou um filme publicitário, já que era veiculado no site da marca.

Na mesma ocasião, o órgão arquivou o processo do polêmico comercial de São João da Nova Schin. O filme, que exibia uma brincadeira de amigos com um travesti, foi alvo de denúncia de consumidores e da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

Antes mesmo do julgamento, o anunciante suspendeu a peça – mas o Conar não considerou que havia qualquer desrespeito à figura do transexual, inclusive por ele figurar entre os personagens do filme ao final do comercial, em clima de confraternização. 

Outro anunciante afetado pela reunião desta semana foi a Sky. Em ação movida pela Net, a empresa foi contestada pela alegação de que oferece “a maior quantidade de canais em HD”. Isso, segundo discussões técnicas que se arrastaram durante o julgamento, varia de acordo com as praças onde a Sky está presente.

Em algumas delas, a Net reivindica tal mérito para si. Pela decisão do órgão, a Sky só poderá veicular esta afirmação nas praças onde, de fato, detém a maior quantidade de canais em alta definição.

Muito álcool, letras miúdas
Outro processo apreciado pelo Conar envolvia campanha promocional da vodca Smirnoff, “Madonna Experience”. Uma das acusações dizia respeito ao incentivo do consumo excessivo da bebida – argumento que o Conar não considerou verdadeiro. Mas o órgão puniu a marca por não inserir, em todas as impressões do anúncio, aviso obrigatório sobre recomendação pelo consumo moderado da bebida. Pelo mesmo motivo, advertiu o anunciante.

A GM, por sua vez, foi contestada por um consumidor que se sentiu lesado pela falta de explicações em uma campanha de varejo. Para o autor da representação, a afirmação “Chevrolet Celta 12/12 com preço de 2007” não estava bem explicada. Após defesa da montadora, o Conar considerou que, sim, a frase estava correta.

Porém, os dizeres legais, em tamanho considerado pequeno, eram exibidos por menos de um segundo – impossibilitando sua leitura. Assim, o órgão pediu que as considerações legais sejam exibidas por mais tempo como condição de manter a campanha no ar. 

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