Educação é o problema na publicidade da China
Grupo WPP lança programa para combater problemas com recrutamento e retenção de profissionais
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Meio & Mensagem
1 de novembro de 2011 - 11h13
O grupo WPP está lançando um programa de educação em marketing com duração de três anos na China, o segundo ou terceiro maior mercado publicitário do mundo, dependendo da fonte. Isso não acontece por acaso, segundo reportagem do Advertising Age.
Em um país onde o turnover (saída de profissionais das agências) alcança 50% anualmente, os principais executivos de publicidade apontam como seu principal desafio o recrutamento e retenção de profissionais.
O crescimento de dois dígitos na publicidade do país não foi acompanhado pelo sistema educacional. “O problema em nosso mercado é que as pessoas acreditam que a melhor maneira de desenvolver talento é roubando. Nossos concorrentes, especialmente aqueles que estão desesperados, são adeptos da prática de roubar talentos”, acusa Martin Sorrell, CEO do WPP, ao AdAge. O projeto do WPP está sendo executado em parceria com a Art and Design Academy de Xangai.
O maior desafio na China hoje é encontrar profissionais de planejamento e criação de alto nível. As agências precisam concorrer com empresas de tecnologia e internet pelos talentos digitais.
A School of Marketing and Communications do WPP terá 50 alunos na aula inaugural, mas planeja dobrar este número em 2012. Executivos do alto escalão do WPP darão algumas aulas e serão mentores.
O foco será em criatividade neste primeiro ano, mas a partir do ano que vem haverá aulas de planejamento, gerenciamento de contas e marketing. Os melhores poderão estagiar em agências no terceiro ano de estudos.
O grupo Omnicom trabalha em parceria com a Tsinghua University, de Pequim, em um treinamento digital. Outras iniciativas envolvem, por exemplo, a DDB chinesa, que treina profissionais em 10 módulos, indo de negociação a concorrências. A TBWA tem o programa de mentoria “Great Wall”, com encontros formais a cada seis meses, voltado a líderes em ascenção. E a Lowe tem um projeto no qual seu CEO Kitty Lun entrevistou pessoalmente mais de 100 candidatos a estagiário, sendo que alguns deles acabam sendo pinçados e destacados para cargos dentro da agência.
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