Master e NBS contestam licitação do Banco do Brasil
Agências pedem anulação da concorrência que selecionou Lew’Lara\TBWA e WMcCann para dividirem a conta de R$ 500 milhões anuais
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Alexandre Zaghi Lemos
28 de agosto de 2018 - 19h13
A Master e a NBS entraram com recursos para contestar a licitação do Banco do Brasil, que selecionou Lew’Lara\TBWA e WMcCann para dividirem a conta de R$ 500 milhões anuais. Entre outros argumentos, a Master alega que a Lew’Lara entregou CDs com peças eletrônicas em um envelope com a marca Tilibra, o que permitiria a identificação da concorrente. Sobre a WMcCann, Master e NBS reclamam que a agência apresentou exemplos de veiculações na internet com imagens em movimento, o que seria proibido pelo edital. A NBS contesta ainda as notas atribuídas às concorrentes e a “ausência de isonomia no critério adotado pelos avaliadores”. Tanto Master como NBS pedem a anulação da concorrência. Agora corre o prazo de cinco dias para as duas vencedoras tentarem impugnar os dois recursos.
A Lew’Lara\TBWA e a WMcCann foram as duas únicas agências classificadas pela licitação do banco, ao somarem, respectivamente 100 e 93,83 pontos. Além delas, concorriam a Master (que teve 77,16 pontos), NBS (69,50 pontos) e Heads (59,23 pontos). A nota de corte era de 80 pontos, sendo, no mínimo, 44 pontos na avaliação do plano de comunicação e 36 pontos na análise de capacidade de atendimento, repertório e relato de cases.
Pelo edital, quatro agências poderiam ser escolhidas, mas apenas as duas primeiras alcançaram a pontuação mínima necessária e devem dividir o atendimento à conta.
Atualmente, Lew’Lara\TBWA e Master dividem a verba. A licitação que agora se aproxima do fim foi cercada de polêmica. Abap, Fenapro e Sinapro/DF chegaram a solicitar a impugnação do processo por questionarem alguns pontos do edital, entre eles, a obrigatoriedade das participantes somarem patrimônio líquido de R$ 12,5 milhões, o que impossibilitou a adesão de grande parte do mercado, com apenas cinco concorrentes se apresentando. Além disso, no ano passado, o Banco do Brasil havia aberto uma licitação que acabou sendo cancelada após suspeita de vazamento de informações relativas a uma das vencedoras do certame. Até em função deste acontecimento, a concorrência que agora chega perto do fim está sendo acompanhada pela auditoria KPMG.
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