Nos jornais, começa a corrida dos bancos digitais
Em nova campanha, Sofisa explora os mesmos elementos do concorrente Original e admite a busca da similaridade de forma bem-humorada
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Luiz Gustavo Pacete
18 de maio de 2016 - 9h59
Desde o início de abril, o Banco Original tem marcado presença constante na mídia, principalmente a impressa, com sua campanha de apresentação como banco digital tendo como garoto propaganda o velocista jamaicano Usain Bolt.
A ousada proposta do Banco Original
A escolha de Bolt foi a maneira que a holding J&F e a agência de publicidade Fischer encontraram para convidar o público a conhecer o novo serviço do Banco Original. O projeto de construção da marca, desenvolvimento da tecnologia e as estratégias de comunicação demandaram um investimento de mais de R$ 600 milhões.
A campanha do banco, no entanto, gerou a resposta da concorrente Sofisa que com anúncios em mídia impressa, que estrearam no fim de semana pasasado, em comemoração a seus cinco anos de existência, realizada pela agência Santa Clara, traz os mesmos elementos do concorrente como a pista de corrida, o corredor e a frase “mostra ai quem é o banco 100% online brasileiro.”
“A ideia é fazer com que as inovações do banco fiquem cada vez mais evidentes da porta para fora. Uma comunicação mais high-profile, mais dinâmica e até bem humorada é o que planejamos fazer daqui para a frente”, explica Fernando Campos, CCO da agência Santa Clara.
Questionada sobre o tom provocativo dos anúncios, a Agência Santa Clara e o Banco Sofisa informaram ao Meio & Mensagem que a “campanha tem elementos que, de forma leve e bem humorada, exploram similaridades para marcar as diferenças. ”
Marcos Lacerda, CMO do Banco Original, se limitou a reforçar os atributos do Banco Original sem comentar diretamente as provocações da concorrente. “Somos o único banco com estrutura tecnológica e operacional que permite a abertura de conta 100% digital e não possui agências físicas”, disse.
Diferenças à parte, o mercado financeiro digital vem ganhando projeção. Na semana passada, durante o ProXXIma 2016 o assunto tomou o centro da discussões na palestra “O fim do dinheiro”, sobre qual será o futuro do papel-moeda num mundo em que tudo é negociado por meios eletrônicos e na forma de dados.
O debate teve a participação do economista e cientista social da USP, Gilson Schwartz, do presidente da Cubo e Bitinvest, Flávio Pripas, e do diretor de inovação do Banco Original, Guga Stocco, mediados pelo diretor da Bites, Manoel Fernandes. Segundo os palestrantes, com a digitalização, o papel-moeda perde sentido.
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