Claro inaugura complexo de usinas
Programa é o maior projeto de geração distribuída de energia limpa do País e o primeiro entre as operadoras de telefonia
Programa é o maior projeto de geração distribuída de energia limpa do País e o primeiro entre as operadoras de telefonia
Sergio Damasceno Silva
14 de dezembro de 2017 - 17h50
A Claro Brasil, que engloba as marcas Claro, Embratel e Net, acaba de inaugurar o primeiro complexo de usinas e criar a maior operação solar dedicada a uma empresa no País. O complexo fica nas cidades de Várzea de Palmas e Buritizeiro, em Minas Gerais, ocupa uma área de 45 hectares e gerará energia suficiente para suprir uma cidade de 250 mil habitantes. Há um ano, a tele fez um projeto-piloto em Várzea de Palmas, com um terço do atual espaço. A iniciativa é chamada de Programa A Energia da Claro e prevê o uso de energia limpa, obtida por meio de geração distribuída (que é toda produção de energia elétrica proveniente de empresas concessionárias, permissionárias ou autorizadas que são conectados diretamente ao sistema elétrico de distribuição do próprio comprador, ou seja, autossuficiência) em todas as suas operações e instalações no Brasil.
A energia usada pela Claro virá de várias fontes: solar, eólica, hidrelétrica, biogás e cogeração qualificada. A meta é cobrir 80% da energia usada em todo o território nacional, equivalente a mais de 600 mil MWh/ano. Esse primeiro complexo de usinas em Minas gerará 35 MWh/ano. Segundo a operadora, para 2018 estão previstas as inaugurações de mais 20 parques solares, quatro parques eólicos, seis usinas de biogás e três de cogeração qualificada. A segunda fase do projeto, também a ser implantada no ano que vem, incorporará ao programa a energia gerada por pequenas centrais hidrelétricas (as CGH).
Essas informações sobre a produção de energia para uso próprio foram comunicadas pelo presidente do Grupo América Móvil Brasil, José Félix, nesta quinta-feira, 14, em São Paulo. “O setor de telecomunicações teve um ano desafiador. Pelo momento político, pela transformação na indústria, com a automação e a inteligência artificial, por conta do consumidor, que mudou, e também pela regulamentação pouco flexível”, resumiu o executivo, ao comentar o período. “O crescimento ainda lento do País foi agravado com o quadro regulatório pouco flexível, que não se ajusta com o ritmo das mudanças”, criticou Félix. O presidente afirmou que, nos últimos três anos, foram investidos R$ 30 bilhões pelas três marcas no País.
Consolidação das marcas
Este ano representa a consolidação da união da Net, Claro e Embratel sob a marca Claro Brasil, disse o presidente do grupo. Esse processo vem desde 2011, quando as três marcas lançaram os primeiros pacotes convergentes.
Também participaram do evento os CEOs das unidades residencial (Net), Daniel Barros; mercado pessoal (Claro), Paulo Cesar Teixeira; e empresarial (Embratel), José Formoso. Os executivos chamaram a atenção para a evolução tecnológica e expansão da base de suas respectivas áreas. A Net fecha o ano com 9,5 milhões de assinantes e um bilhão de streamings na plataforma Now. Em termos de banda larga, são 8,5 milhões para conexões fixas e 52 milhões de usuários conectados por internet móvel.
Segundo Barros, CEO da Net, o consumo de serviços de streaming multitela chegou a 40 horas semanais por cliente, em média. A unidade residencial acaba de anunciar, também, o Net SmartHome, que oferece serviços de monitoramento e automação residencial, disponível inicialmente para São paulo. Na unidade empresaria, o CEO Formoso destaca que as soluções de mobilidade e de internet das coisas (IoT) da Embratel já estão instaladas em 600 mil veículos no Brasil, o que dá à operadora 90% de participação nesse segmento. São mais de cinco milhões de dispositivos conectados, no total. Esses veículos já saem de fábrica com a tecnologia de IoT embarcada pela Embratel e dispõem de funções como segurança e gerenciamento. A IoT também tem aplicações para a indústria, como elevadores, e cidades, para sistemas de medição de água e energia elétrica, por exemplo.
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