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O mundo novo da internet das coisas

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O mundo novo da internet das coisas

Daniel Cardoso, diretor executivo de markerting da Telefônica | Vivo, relata as novidades do Mobile World Congress 2012, direto de Barcelona (*)


5 de abril de 2012 - 9h00

Fevereiro tem Carnaval – e também tem Barcelona. É tempo da peregrinação anual da indústria ao Mobile World Congress. Em uma demonstração da relevância dos temas de conexão e mobilidade, a cidade é tomada por mais de 60 mil participantes de todas as partes do mundo – e, cada vez mais, de diferentes setores: de fabricantes e operadores a desenvolvedores de apps e montadoras de carros. Aqui, entre reuniões, palestras, demonstrações e mais reuniões, vemos a cada ano modas que são passageiras e tendências que vão revolucionar a indústria. E o que salta aos olhos é que estaremos cada vez mais conectados, com a capacidade de fazer coisas que nem imaginávamos antes.

No meio da sopa de letrinhas do MWC, HSPA+, 4G, LTE, M2M, etc. e tal, dá para ver que temos tecnologia para conexões cada vez mais rápidas – e não só para telefones que estão cada vez mais poderosos, como também para tablets, câmeras, carros e todos os outros devices que podem funcionar de uma forma muito mais interligada. Começamos a ver a criação de uma "internet das coisas", que vai nos permitir solucionar melhor nossos problemas do dia a dia, tomar conta de casa remotamente, usar energia de forma mais eficiente e até mesmo evitar o trânsito das grandes cidades (essa eu quero ver!).

E os telefones? Estão cada vez mais "smart". Com processadores poderosos, telas fantásticas, cheios de recursos e aplicativos para tudo, acabam se tornando a nossa identidade digital: consolidam todas as nossas redes sociais, levam (ou acessam na nuvem) nossa música e vídeos, fazem pagamentos e alguns até funcionam como bafômetro! Com tudo isso, o maior problema hoje é conseguir que as baterias durem o suficiente. A boa notícia é que estes novos celulares também prometem menor consumo de energia e até recarregar as baterias de forma mais rápida

E como o nome do jogo cada vez mais é o ecossistema, vemos os aparelhos mais integrados não só com os nossos computadores e redes sociais, como também com a nossa TV, o que pode mudar a forma como consumimos e interagimos com a mídia. Além disso, trazem cada vez mais ferramentas de produção de conteúdo, com câmeras poderosas e capacidades de edição de foto e vídeo. Esta combinação entre “conexão em todo lugar” com “smartphones poderosos” tem o potencial de mudar o próprio modelo de fazer negócios. Muitos novos players estão dispostos a dar seu serviço de graça, confiando em receitas de publicidade. Com tanta gente oferecendo, surgem muitas novas opções de inovar e interagir com os clientes.

Talvez o melhor resumo seja a evolução das mensagens dadas por Eric Schmidt, chefão do Google, nos últimos três anos: se, na sua primeira vez em Barcelona, ele falava de "mobile first" e no ano passado dizia "mobile only", este ano reforçou a ideia de levar o poder dos smartphones a todos os móveis. E esta é a grande oportunidade que temos: estarmos próximos dos nossos clientes para entender como tiramos essas tecnologias e capacidades dos laboratórios e oferecemos em produtos e serviços de qualidade.

E agora, com todas essas novidades na bagagem, é hora de fazer as malas e voltar. Temos muito o que fazer para continuar construindo esse mundo novo.

(*) Daniel Cardoso é diretor executivo de Marketing da Telefônica | Vivo e escreveu este artigo sobre o maior evento de telefonia móvel do mundo a pedido do Meio & Mensagem. O Mobile World Congress 2012 aconteceu entre os dias 27/02 e 01/03 em Barcelona, Espanha.

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