Infográfico também é jornalismo

Edianez Parente
13 de setembro de 2011 - 9h55

O V Fórum da Aner dedicou o início da jornada da tarde dessa segunda-feira, 12, a um painel sobre a infografia. Sob o nome “Mostre, Não Conte – Uso dos Infográficos para contar uma História”, Luiz Fernando Sá, editor editorial-adjunto da Editora Três, assinalou que os infográficos hoje em dia correspondem ao que as fotografias foram no passado no sentido de acrescentar informação visual ao texto escrito. “Mas tem de aplicar as regras do dia a dia do jornalismo, não se pode inventar uma história; por isso tem de ter um jornalista profissinal responsável pelo infográficos” conta Alberto Cairo, diretor de infografia e multimídia da Editora Globo.

Ele conta que na revista Época essa área da informação é levada muito a sério, e lá há um departamento que é a soma das disciplinas de arte, design gráfico, ilustração e design multimídia ao jornalismo, o que resulta numa equipe multidisciplinar de dez pessoas.
Pablo Loscri, diretor de Infografia do jornal argentino El Clarín, expôs como o diário tem trabalhado visualmente com os infográficos no seu ambiente multiplataforma. O jornal estreou na Copa do Mundo da África do Sul um novo equipamento de fotografia. Com ele, foi possível propiciar tanto para o papel quanto para a plataforma digital um tratamento gráfico para explicar desde o trajeto entre as diversas sedes da competição, com visão panorâmica dos estádios, até informação gráfica sobre os esquemas táticos e jogadas das seleções.

Para Luiz Iria, diretor do núcleo de infografia da Editora Abril – que produz os trabalhos para os diversos títulos da editora -, três são as funções primordias do infográfico: informar com dinamismo e precisão, ter impacto visual e causar emoção, ao despertar sensação diferente a cada tema. Um grande desafio, segundo ele, é fazer com que o infográfico estático, aquele que só está nas páginas do impresso, também salte aos olhos.