Artigo de Lula inaugura El País brasileiro
Com investimento de ? 2,5 milhões ao ano, jornal espanhol estreia site em português com entrevista de Dilma Rousseff e ex-presidente entre os colunistas
Com investimento de ? 2,5 milhões ao ano, jornal espanhol estreia site em português com entrevista de Dilma Rousseff e ex-presidente entre os colunistas
Meio & Mensagem
26 de novembro de 2013 - 8h54
É inaugurada nesta terça-feira, 26, a versão brasileira e digital do El País, um dos mais prestigiados jornais europeus, conforme havia antecipado Meio & Mensagem. A marca pertence ao Grupo Prisa, que realiza um evento de lançamento com autoridades brasileiras e espanholas na tarde desta terça-feira, 26, para comemorar o novo portal.
Com investimento anual de € 2,5 milhões, redação de 12 pessoas e equipe comercial local, o El País em português estreia com colunas de Luís Inácio Lula da Silva, Paulo Coelho, Eliane Brum, Luís Ruffato, Juan Arias, além de tradução de artigos estrangeiros, como Moisés Naím e Javier Solana. Na manchete, uma longa entrevista da presidente Dilma Rousseff a Javier Moreno, na qual as manifestações de junho e a espionagem americana têm destaque.
O novo site representa mais um passo da empresa rumo à internacionalização da marca. “Não enxergamos o Brasil como algo isolado, exótico, mas como parte de um projeto de jornalismo global”, diz Juan Luis Cebrián, CEO do Grupo Prisa, que passa por São Paulo para o lançamento do portal. “Temos mais de 150 mil visitantes únicos no Brasil, mesmo do site em castelhano, com ápices de 400 mil, como ocorreu durante as manifestações e a visita do papa”, afirma o executivo, citando números da comScore de audiência mensal que justificam a criação de um portal em português.
Segundo ele, a versão dedicada à América Latina do El País, produzida a partir do México – onde possui cerca de um milhão de visitantes, assim como na Colômbia –, serve de guia para a operação brasileira. No mundo todo, o site tem cerca de 15 milhões de unique visitors, sem contar acessos via dispositivos móveis.
A multinacional já vinha operando no Brasil na área de educação desde 2001, quando adquiriu a editora Moderna. Posteriormente, incorporou marcas como Objetiva e Salamandra e criou novos selos e produtos. A operação brasileira representa hoje 40% de toda a receita educacional da empresa no mundo, incluindo Espanha.
Sobre o portal de conteúdo, Cebrián está confiante: “Acreditamos que vamos ter um retorno rápido, pois a estrutura é enxuta” – a expectativa é pagar o investimento com publicidade, descartando, em curto prazo, trazer outros produtos da área de jornalismo ou implantar assinaturas pagas. “O Brasil é um mercado gigantesco, que se desenvolve muito rápido, com uma capacidade de soluções muito interessante”, conclui.
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