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Facebook aprende junto com o mercado

Empresas querem saltar degraus no aprendizado do uso da plataforma. Por isso, o Facebook investe em educar de agências a anunciantes para que as elas estabeleçam primeiro estratégias para a rede, antes de pular etapas


7 de abril de 2012 - 9h30

Comandado por um jovem de 28 anos (Mark Zuckerberg), o Facebook desperta o interesse de um mundo de marcas, cresce de forma acelerada na América Latina, já atinge mais de 800 milhões de pessoas no planeta, mas o fato é que a rede social também está numa fase de aprendizagem. É o que deixou claro Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na região, que esteve no ProXXIma México para falar da expansão dos negócios no universo conectado.

Sem poder revelar números atualizados porque a empresa está em quiet period, o executivo da rede social na América Latina salientou que a velocidade das inovações nestes tempos 2.0 deve ser levada em consideração continuamente. Apesar disso, não se pode esquecer que certos padrões do comportamento humano não mudaram. De acordo com Hohagen, desde as primeiras eras da existência humana as pessoas gostavam de se reunir e compartilhar histórias e experiências. Isso, portanto, não se modificou.

Ele deu dois exemplos da necessidade que o homem tem de compartilhar. Recentemente, circulou pela web um vídeo visto por muita gente com um noivo que interrompeu a cerimônia de casamento para atualizar seu status no Facebook usando um smartphone – e que entregou outro aparelho semelhante à noiva para que ela fizesse o mesmo. Outro caso foi brasileiro: um senhor de 69 anos que sofre de Alzheimer saiu de sua casa e não conseguia se lembrar de seu endereço, nem nome, nem telefone. E desse modo vagou pela cidade, chegando a percorrer 35 quilômetros de distância entre o ponto que deixou sua casa e o local onde foi localizado. O diferencial nessa história é que seu filho postou no Facebook uma foto sua e espalhou pela rede que a família estava buscando esse senhor. Ele foi encontrado por uma enfermeira que havia visto a foto compartilhada por uma pessoa totalmente desconhecida da família. Isso se deu no espaço de 24 horas.

“Esse é o poder da conexão. Se num passado recente, foi importante o uso de algoritmos para facilitar a busca por informações na internet, isso se tornou frio. Os sites não sabem nada sobre quem são as pessoas. As redes permitem isso. As pessoas estão conectadas nelas, compartilhando coisas”, disse Hohagen.

Em razão disso, a grande pergunta que o Facebook faz a empresas e agências é se elas estão preparadas realmente para essa transformação. Pode parecer óbvio que todas as marcas queiram estar na mídia social. No entanto, como observou o mexicano Miguel Calderón, da agência Grupo W, que moderou o painel, há muita confusão no mercado – uma hora as empresas queriam apenas estar na rede, depois queriam likes. “Existem muitas dúvidas a respeito de como manejar o Facebook. Não é um tema só do México”, respondeu Hohagen. “Estamos construindo juntos com as marcas as melhores estratégias”, completou.

Há três pilares que a rede procura trabalhar com o mercado: páginas, ads (a publicidade é uma fonte importante de recursos para o Facebook) e tecnologia (oferta do que é possível fazer dentro da plataforma por meio de social plug-ins).

Para Hohagen, hoje é fundamental olhar para o engajamento, mais do que para o número de fãs ou de likes. Uma ferramenta que ajuda nesse sentido é o PTA (People Talking About), que permite avaliar o nível de engajamento de uma marca. Para melhorar suas métricas, o Facebook tem investido recursos para aprimorar suas ferramentas e oferecer mais opções aos clientes. “Temos a preocupação em provar nossos resultados”. Ele defendeu no painel que os recursos das redes sociais, bem aproveitados, permitirão o crescimento dos negócios. Até por isso o Facebook tem investido também fortemente no relacionamento com as agências. Como se vê, todos estão aprendendo.

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