Globo e Google: briga judicial
Emissora entrou com uma liminar solicitando a retirada dos sites que retransmitem sua programação das buscas do portal; por outro lado, companhia alega impossibilidade de fazer tal controle
Emissora entrou com uma liminar solicitando a retirada dos sites que retransmitem sua programação das buscas do portal; por outro lado, companhia alega impossibilidade de fazer tal controle
Bárbara Sacchitiello
23 de fevereiro de 2012 - 1h58
Uma briga no Tribunal de Justiça de São Paulo envolve o Google, a TV Globo, a Globosat e toda a programação veiculada pela emissora. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu uma liminar que obriga o Google a retirar de suas buscas todos os links que direcionem para sites que exibem o conteúdo da Globo ou dos canais da Globosat em tempo real.
Segundo nota oficial da Central Globo de Comunicação, “a medida tem o objetivo de preservar o direito autoral sobre a programação da TV Globo”. O alvo, na verdade, são os sites e programas que oferecem, via online, a veiculação de atrações da emissora praticamente em tempo real. Nesse caso, o Google seria o alvo da medida judicial pelo fato de abrir espaço para que os internautas tenham acesso a esse tipo de conteúdo.
Questionado pela reportagem de Meio & Mensagem, o Google, por meio de sua assessoria de imprensa, alega que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação do Tribunal de Justiça de São Paulo. A reportagem apurou, porém, que o portal não julga ter responsabilidade sobre a disseminação do conteúdo da Globo ou de qualquer outra emissora no universo online, uma vez que o trabalho do buscador consiste somente em indexar as páginas da rede em seus arquivos. Fiscalizar todo o conteúdo disponibilizado na web, portanto, seria uma tarefa extremamente complicada para o buscador.
No YouTube, no entanto, o controle é mais fácil de ser administrado. O site de compartilhamento de vídeos, inclusive, já foi alvo da Globo em processos judiciais, quando a emissora exigiu, por exemplo, a exclusão de conteúdo relacionado a suas novelas e minisséries. Por possuir diferentes sistemas de filtro de conteúdo, o YouTube oferece uma proteção mais ampla aos direitos autorais. No sistema geral de buscas do Google, no entanto, o controle seria mais complexo.
De acordo com o comunicado da CGCom, porém, a medida de responsabilizar o Google foi necessário pelo fato de a maioria desses sites de exibição de programação televisiva estar hospedada fora do Brasil, o que dificulta a entrada direta de processos judiciais contra seus autores e administradores.
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