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Google quer colocar digital no centro das campanhas eleitorais

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Mídia

Google quer colocar digital no centro das campanhas eleitorais

Head da área de negócios voltada aos governos, Cassio Brandão conta como a empresa vem procurando se posicionar como um território de conversas para os partidos e candidatos


16 de agosto de 2022 - 16h37

Esta terça-feira, 16, é o primeiro dos 46 dias de campanha eleitoral (considerando o primeiro turno) em que os postulantes aos cargos de deputados federal e estadual, senador, governador e presidente da República terão para pedir votos e convencer os eleitores de suas propostas e projetos de governo.

 

(Crédito: Casimiro PT/ Shutterstock)

Em uma crescente que vem se moldando nas eleições anteriores, o meio digital deve ganhar ainda mais protagonismo na interação entre os candidatos e a população em 2022. Pelas redes sociais, as pessoas podem não apenas acompanhar a agenda e as páginas oficiais de campanhas, como também conseguem interagir com os candidatos que aspiram representar a população a partir do próximo ano.

Para o Google, as eleições brasileiras também representam a oportunidade de consolidar ainda mais o digital como um território primordial para o investimento em marketing político. “Os partidos políticos, de forma geral, tem olhado mais para a questão da eficiência e para a importância de evitar a dispersão nas mensagens, ao mesmo tempo em que compreendem o poder da regionalização para a entrega das mensagens”, relata Cassio Brandão, head de negócios do Google responsável pelas divisões de health & wellness e, também, pela área governamental, responsável pelas negociações comerciais relativas à publicidade eleitoral.

Parceria com TSE

O planejamento do Google para as eleições brasileiras de 2022 começaram há algum tempo. Em novembro do ano passado, a empresa atualizou sua política de publicidade eleitoral, que determina as regras para os partidos e candidatos exibirem publicidade nas plataformas do Google em cumprimento às determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foi em novembro do ano passado que, de acordo com Brandão, o Google começou a comercializar anúncios e espaços publicitários diretamente com os partidos políticos e candidatos. Até então, essa comercialização de mídia era realizada por intermediários. De novembro até agora, as plataformas do Google arrecadaram, no Brasil, cerca de R$ 3 milhões com publicidade de caráter eleitoral, segundo o head.

É importante considerar que essa publicidade é diferente daquela que começa a ser liberada a partir desta terça-feira, 16. Até então, os partidos poderiam, por exemplo, fazer peças publicitárias para convidar a população a se filiar e para destacar seus projetos. A partir de agora, ficam liberados os anúncios que divulgam o número dos candidatos e que pedem voto abertamente. Os valores investidos a partir de agora também passam a ser oriundos dos fundos das campanhas.

Foco no YouTube

Na visão de Brandão, a principal plataforma a ser trabalhada pela equipe comercial do Google durante este período de campanha eleitoral é o YouTube. “Mais de 112 milhões de brasileiros estão conectados e muitos já o fazem pelas TVs conectadas. A TV sempre foi uma mídia muito importante e hoje temos um número expressivo de brasileiros que se conectam ao YouTube pelo aplicativo da TV. Por meio da plataforma, os partidos passam a ter a oportunidade de falar de forma próxima com um grupo da população de todas as idades de forma eficiente”, acredita o head.

Apoio comercial e criativo

Além da possibilidade da compra automatizada de anúncios, como já acontece no YouTube e na plataforma de buscas do Google, a companhia estruturou uma equipe para atender aos partidos e candidatos de forma mais direta, para auxiliar tanto a compra de mídia como a elaboração de peças publicitárias. Esse trabalho será voltado às campanhas para as candidaturas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Ceará, que reúnem os maiores colégios eleitorais do Brasil.

“O grande desafio que vejo é que os partidos precisam pensar as plataformas digitais mais como uma maratona e menos como uma corrida de 100 metros. Não e trata de um momento único, em que serão feitas peças de comunicação uma única vez. É possível construir uma agenda pautada naquilo que as pessoas estão interessadas em saber e oferecer conteúdo que atenda a essas necessidades”, destaca.

Todas as informações sobre os investimentos dos partidos e candidatos nas plataformas da companhia ficarão disponíveis após o período da campanha eleitoral, nos relatórios de transparência da empresa.

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