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CBN comemora 25 anos com nova diretoria

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CBN comemora 25 anos com nova diretoria

O desafio da rádio é rejuvenescer público sem perder sua sólida audiência


13 de outubro de 2016 - 16h18

CBN_logo.svg“Oito e meia, dona Nadir. É hora do seu remédio.”

O recado que Juca Kfouri costumava dar quando ancorava o CBN Esporte Clube é um dos muitos bordões eternizados pela rádio em seus 25 anos no ar, celebrados neste mês. A história surgiu após um recado deixado pela ouvinte Nadir Waspe numa noite de outubro de 2000, pedindo que o jornalista falasse o horário — prática comum no dial. Naquele dia, ele havia esquecido de dizer as horas e, ela, de seus comprimidos. Nadir faleceu em 2009 (sem relação com o esquecimento nove anos antes), mas o bordão seguiu. Além da informação e da homenagem, é uma lembrança de que rádio é, acima de tudo, prestação de serviço.

Com quatro emissoras próprias e 30 afiliadas, a CBN faz aniversário com a missão de seguir com o legado de dona Nadir, mas também conquistar novos públicos. Em entrevista ao Meio & Mensagem, Marcelo Soares, direto geral do Sistema Globo de Rádios, comenta um pouco sobre a data.

Relevância da CBN atualmente

Há 16 anos a CBN é o veículo de maior prestígio no meio rádio, em pesquisa do próprio Meio & Mensagem. Depois de 15 anos competindo e repetidamente vencendo a categoria rádio, a última edição da pesquisa comparou diferentes veículos e não só a CBN continuou como a principal emissora de rádio como também assumiu a terceira colocação geral, atrás apenas da Rede Globo e Globo News. Esses resultados refletem 25 anos de trabalho pesado e reportagem séria. A CBN é parte integrante da vida da população brasileira que quer informação de qualidade.

Diversificação

No início, o hard news ocupava praticamente cem por cento da programação. Com o tempo, a programação foi ganhando maior diversidade com temas mais abrangentes em programas como “Caminhos Alternativos” (saúde e qualidade de vida), “50 Mais CBN” (voltado para pessoas com mais de 50 anos), “Quatro em Campo” (debate esportivo), entre muitos outros. Com o tempo, construímos um time de comentaristas de grande gabarito, certamente o melhor do rádio no Brasil, de política a cinema, de economia a gastronomia, nomes de peso como Arnaldo Jabor, Miriam Leitão, Merval Pereira, entre muitos outros de igual valor. Nossa última contratação foi o PVC, nosso novo comentarista de futebol para Rio e São Paulo.

Mudanças nesses 25 anos

Além da diversificação de conteúdo, como disse antes, a grande mudança foi ter se transformado de uma emissora de rádio um tanto tradicional para uma plataforma sólida de produção de conteúdo. Temos hoje uma entrega de conteúdo de qualidade em áudio nas mais diversas plataformas online, uma quantidade de podcasts disponíveis única no país.

Próximos passos

O grande desafio de qualquer empreendimento de sucesso como a CBN é sempre conseguir perpetuar esse sucesso. Costumo dizer que a CBN de hoje não é igual àquela de cinco anos atrás, portanto temos que começar hoje a preparar a CBN de 2021. Isso inclui constante atualização de linguagem e de conteúdo. Esse mês o Ricardo Gandour assume a diretoria executiva da rádio com exatamente essa missão: manter a rádio relevante e atual como sempre foi, prepará-la para os próximos tempos buscando novidades e leveza sem nunca descuidar do apuro jornalístico. Gandour é um profissional de enorme talento e grande experiência, perfeitamente talhado para atingir esses objetivos.

Público jovem

Temos uma parte da programação que é voltada quase que exclusivamente para jovens, como quadros de orientação para profissionais em início de carreira, por exemplo. Só que mais importante ainda que essa programação direcionada, é usar uma linguagem que reduza barreiras de idade. Com raras exceções (como esse quadro para início da carreira e o 50 Mais), toda a nossa programação é relevante para todas as idades; os assuntos, as coberturas e as reportagens não têm contraindicação etária, pelo contrário. O desafio constante é encontrar uma forma de transmitir esse conteúdo em uma linguagem abrangente e não restritiva e talvez seja essa a maior oportunidade de desenvolvimento que temos. Bons exemplos de sucesso nessa linguagem são nossos programas esportivos e o Fim do Expediente, além do Café Expresso, transmitido exclusivamente online.

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