Publicidade digital deve faturar R$ 4,7 bi este ano
Projeção é do IAB e representa crescimento de 37,3% em relação ao ano passado
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24 de abril de 2012 - 12h33
O investimento em publicidade online, que inclui os segmentos de display e de busca (search) deve chegar a R$ 4,645 bilhões, o que significa uma expansão de 37,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) e foram apresentados pelo presidente da entidade, Fábio Coelho, que também é o principal executivo do Google no Brasil. Segundo Coelho, se essas projeções se confirmarem, o share do meio digital deve chegar a 13,7% do total do faturamento publicitário, estimado em R$ 33,8 bilhões até o final deste ano (foi de R$ 31 bilhões no ano passado) e, com esse resultado, a internet deve se tornar o segundo meio em faturamento com publicidade, à frente dos jornais e atrás apenas da TV aberta.
O executivo afirma que a internet deve crescer quatro vezes mais do que o mercado publicitário: o aumento estimado é de 43,5% para o meio digital, 17,8% para a TV paga, 12,1% para mídia out-of-home, 9,2% para TV aberta, 3,8% para jornal, 3,5% para revista e 3,3% para rádio. Cinema e guias e listas devem continuar a registrar queda, como nos anos anteriores, com previsões de -6,4% e -2,6%, respectivamente.
No exercício de 2011, a internet faturou R$ 3,339 bilhões, dos quais R$ 1,454 bilhão veio de display (aumento de 19,24% em relação a 2010) e R$ 1,884 bilhão foi gerado por search (expansão de 55% na comparação com 2010). Para este ano, se confirmadas as projeções do IAB, o segmento de display deve crescer 25%, para R$ 1,818 bilhão, e o de search deve aumentar 55%, para R$ 2,827 bilhões.
Ad networks
Para chegar ao volume de faturamento publicitário digital, o IAB contabiliza o investimento publicitário em portais (como UOL, Terra, MSN, Yahoo, iG, Globo.com, R7 e outros), nos buscadores (que passaram a compor a publicidade digital em meados do ano passado e abrangem Google, Yahoo, Bing/Microsoft, Buscapé e Ask.com – que representam 95% dos serviços de busca) e em ad networks (como Hi-Mídia e boo-box). Por enquanto, as redes sociais mais importantes – Facebook, Twitter e LinkedIn – ainda não estão contempladas. Segundo o presidente da IAB, Fábio Coelho, no entanto, é uma questão de tempo. Já existem gestões junto a essas empresas para contabilizar seus respectivos faturamentos para compor o volume do meio digital.
“Pelo menos 50% das ad networks já estão contempladas no faturamento”, assegura o vice-presidente de veículos do IAB, Marcos Swaroswsky. “No caso de portais como MSN, Yahoo, UOL e Terra, as ad networks já estão 100% cobertas”, diz. Segundo o diretor executivo do IAB, Ari Meneghini, nos EUA, as ad networks faturam US$ 5 bilhões, equivalente a 16% da receita total digital. O IAB deve criar uma certificação para os seus mais de 160 associados de forma a garantir que as boas práticas sejam adotadas em relação às ad networks. Isso, diz Meneghini, dará referência aos anunciantes do meio. Recentemente, o IAB se associou ao Conselho Executivo das Normas-Padrão – CENP justamente para formalizar a adesão às práticas já adotadas pelas grandes empresas digitais do País.
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