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Público quer filmes a la carte

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Público quer filmes a la carte

Pesquisa mostra que não basta só ter as opções dos canais pagos: público também quer escolher o que assistir, quando e onde desejar


31 de julho de 2012 - 10h19

Chegar em casa, sentar no sofá e ter diversas opções de filme ao simples toque do controle remoto é um luxo que, a cada mês, torna-se acessível para uma gama maior de brasileiros. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgados na semana passada, mostram que os canais pagos já estão presentes em mais de 14,5 milhões de lares do País. Esses cinéfilos de poltrona, no entanto, estão tornando-se mais exigentes em relação ao que assistem e a forma como assistem. Para grande parte deles, o comodismo de ter um cardápio enorme de produções desfilando na telinha não é mais suficiente. Eles, agora, querem escolher o que assistir, quando assistir e, sobretudo, onde assistir.

Essa é uma das principais conclusões da pesquisa de tendências de consumo de filmes no Brasil, realizada pela consultoria Troiano a pedido da rede Telecine, da Globosat. O estudo, realizado com 2.120 entrevistados, de diversas regiões do País, procurou mapear a forma como as pessoas assistem a filmes em seus lares e, sobretudo, como acham que continuarão assistindo daqui a alguns anos. Os resultados provam que flexibilidade, variedade e poder de escolha são itens fundamentais para quem está diante da telinha. 

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“A grande maioria dos espectadores ainda tem uma atitude passiva: eles gostam de chegar, ligar a TV e assistir ao que está passando, sem ter trabalho de escolher a programação”, acredita João Mesquita, diretor geral da Rede Telecine. Ele ressalta, porém, que esse comportamento está começando a mudar. “Apesar disso, essas pessoas gostam de ter a sensação do poder de escolha. Mesmo que o canal de TV escolha por elas, é importante saber que, caso desejem, elas vão poder determinar qual filme assistir e quando assistir”, complementa o executivo.

“A sensação do poder de escolha é o ponto fundamental. As pessoas não querem mais se sentir presas e por isso passam a dar mais valor a tudo aquilo que elas podem determinar de acordo com sua vontade”, concorda a diretora de marketing do Telecine, Flávia Hecksher. A rede, inclusive, aproveitou os dados da pesquisa para embasar o lançamento do novo serviço do Telecine Play, focado no conceito de TV Everywhere. Também de olho nesse espectador exigente, a HBO lançou um serviço de filmes, séries e documentários sob demanda – o HBO Go, que, a princípio, estará disponível para os assinantes da Sky.
 

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Cinema sob demanda

A pesquisa mostrada pela rede da Globosat também mostrou a evolução da maneira pela qual as pessoas assistem a filmes em seus lares. Quando instigadas a relacionar as diferentes modalidades de exibição de filmes, aquela que mais foi apontada como o hábito do futuro foi a escolha das produções sob demanda. As smart TVs (televisores com acesso a internet) também foram apontadas como as telas de exibição de filmes no futuro. Os mesmos entrevistados já percebem uma estagnação – e futura queda – do consumo de filmes via DVD.
 
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A difusão da internet banda larga no País e o aumento do uso de dispositivos móveis são, também, fatores que fomentem os novos hábitos do consumo de filmes. Segundo a pesquisa, 92% dos entrevistados já possuem internet de alta velocidade. O mesmo percentual admite ter, também, um dispositivo móvel (smartphone ou tablet).

Sobre o consumo de filmes, especificamente, a pesquisa mostrou que o anseio pelas novidades tem o mesmo peso do poder de escolha. Para 54% dos entrevistados, no momento de assistir ao filme, a principal demanda é por lançamentos. Os mesmos 54% também classificaram como primordial poder decidir aquilo que querem assistir. 

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