A evolução dos reality shows na TV brasileira

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A evolução dos reality shows na TV brasileira

Formato se reinventou ao longo dos anos na mídia e vem se mostrando cada vez mais atrativo para a audiência e para as marcas


22 de maio de 2023 - 6h03

Quase 23 anos após o lançamento do primeiro reality show da TV brasileira, o 20 e Poucos Anos, da MTV Brasil, e de outros, como o No Limite e Big Brother Brasil, ambos da Globo, o formato ainda não se esgotou. Ao contrário, os reality shows se mostram cada vez mais atrativos para a audiência e para as marcas.

Pesquisa da Mindminers divulgada no ano passado revela que 90% dos brasileiros respondentes sabem o que são reality shows, sendo que 89% já assistiram a algum na TV aberta ou fechada e 25% assistem frequentemente ou muito frequentemente. Além disso, 56% assistem, pelo menos, três vezes por semana.

Essa afinidade do público brasileiro com os reality shows se tangibiliza por meio da consolidação de programas durante anos na televisão linear do País. Isso é o que acontece com o Big Brother Brasil, que estreou nos anos 2000, mas que continua na grade anual de programação da Globo, e com o MasterChef, que este ano estreou a sua décima edição na tela da Band.

reality shows

Com dez temporadas, MasterChef precisou se reinventar (Crédito: Melissa Haidar/Band)

Apesar de a população brasileira gostar de assistir a reality shows, o formato precisou se reinventar ao longo do tempo para continuar atraindo a atenção das pessoas. O MasterChef Brasil, por exemplo, além de ter lançado edições com crianças e profissionais, estreou no ano passado, pela primeira vez no mundo, uma versão com participantes com mais de 60 anos.

Rodolfo Schneider, diretor nacional de conteúdo da Band, explica que o time responsável por fazer acontecer o MasterChef se reúne ao final de cada temporada para pensar no que poderiam fazer de diferente nos episódios da próxima. “Nos episódios deste ano, há várias provas dentro do mesmo episódio para que se, eventualmente, a pessoa ligou a televisão depois do início, ela não perca a prova inteira do dia”, exemplifica o diretor.

Essas reinvenções fizeram com que o faturamento do reality show gastronômico da Band crescesse com o passar dos anos, conforme revela o diretor-geral de comercialização do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Cris Moreira. “O faturamento não se dá só na tela da TV aberta, o faturamento do digital cresce, o faturamento do licenciamento envolvido no programa cresce”, ressalta o executivo.

Reality shows: conteúdo multiplataforma

Ter desdobramentos em outras plataformas também é essencial para a longevidade do reality show da Band. Moreia afirma que, ao longo dos anos, o próprio público começou a consumir outras plataformas e o produto MasterChef foi se adaptando do ponto de vista de linguagem e comunicação a essas outras plataformas. “Aconteceu por essa necessidade de público e é importante dizer que foi super bem aceito pelo mercado publicitários, porque o faturamento do ambiente digital cresceu bastante”, complementa.

BBB passou a unir anônimos e famosos a partir da edição de 2020 (Crédito: Reprodução/Facebook)

Também é dessa forma que o Big Brother Brasil se mantém de pé há 23 anos na televisão brasileira. Nascido na TV aberta, o reality show, ao longo dos anos, foi ganhando novas janelas de exibição, com conteúdos exclusivos no Multishow; a criação da Rede BBB como canal de conversas nas plataformas digitais; a disponibilização de acesso 24 horas às câmeras da casa, primeiro no pay-per-view e, mais recentemente, no Globoplay; e uma crescente reverberação nas redes sociais. Em nota, a comunicação da Globo revela que essa trajetória não foi pautada exclusivamente pela demanda da audiência, mas pensada para atender aos movimentos da sociedade, antecipando as novas tendências de consumo.

Outro reality show da Globo que perdura há anos na televisão brasileira é o The VoiceBrasil, que estreou em 2012 e já teve 11 temporadas. De acordo com a Globo, os resultados do reality musical reiteram, ainda, a força da complementariedade do público, sendo que cerca de 64% do das pessoas que consumiram conteúdos do programa na TV Globo e no Multishow têm, em média, mais de 50 anos e mais de 43% das pessoas, que acompanharam via digital da Globo, têm entre 18 e 34 anos.

O No Limite, que estreou nos anos 2000 e foi um dos primeiros reality shows da TV brasileira, também se transformou ao longo do tempo. Agora, com exibição em todo ecossistema multiplataforma da companhia, o reality vem conquistando novos públicos e marcos importantes. Segundo a Globo, em sua última edição, a atração acumulou mais de 122 milhões de espectadores e 45 mil interações nas redes sociais, além da liderança de audiência da faixa horária na TV Globo.

Novo programas

O que faz com que os reality shows caiam no gosto popular não é somente a reinvenção de programas mais antigos e já estabelecidos na televisão brasileira, mas a criação de novos programas, principalmente nos serviços de streaming. A Record TV, que lançou a primeira edição de A Fazenda em 2009, estreou, neste ano, A Grande Conquista, um reality show que reúne famosos e anônimos em uma competição. Esse formato que mistura famosos e anônimos, inclusive, teve início na edição de 2020 do Big Brother Brasil.

Record TV estreou um novo reality neste ano chamado A Grande Conquista (Crédito: Edu Moraes)

Nos últimos anos, a Globo também vem apostando em novas produções na televisão linear, como The Masked Singer Brasil e Minha Mãe Cozinha Melhor Que a Sua, e no streaming, como o Túnel do Amor, que além de ser atração do Globoplay, é transmitido no Multishow. De acordo com a Globo, a primeira edição do reality show, que estreou o ano passado, impactou mais de 5,8 milhões de pessoas, sendo o conteúdo mais visto do Multishow durante a exibição na TV e somando mais de 2,2 milhões de horas assistidas no Globoplay, com episódios atingindo o posto de Top 20 em conteúdos mais assistidos da plataforma durante a temporada.

Mas não são somente as emissoras que estão investindo na produção e lançamento de reality shows. Os serviços e plataformas de streaming, como Netflix, Prime Video, HBO Max e Star+, também já contam com várias produções exclusivas, como RuPaul’s Drag Race, Next in Fashion, Casamentos às Cegas, Soltos em Floripa, Queen Stars, Brincando com Fogo e The Circle.

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