Uso de texto é cada vez menor no Facebook

Luiz Gustavo Pacete
15 de junho de 2015 - 3h08

Por que o Facebook muda tanto? Essa é uma das principais perguntas feitas a Leonardo Tristão, diretor-geral da empresa no Brasil. Segundo ele, a resposta é fácil, a plataforma tenta se atualizar na mesma velocidade de seus usários. Prova disso, é que o Facebook já se prepara para a era pós-video. “Identificamos que a comunicação está cada vez mais visual. No último ano, o uso de vídeo cresceu 75%, o de foto 9%, enquanto o texto caiu 16%.” De acordo com Tristão, a próxima fase do Facebook é a da realidade virtual em que vídeos, fotos e mais um elemento de realidade virtual devem predominar.

O Facebook identificou que, para as marcas, a experiência do vídeo é muito mais eficiente. “Antes, a pessoa postava algo com um link que direcionava para o YouTube, com isso, a experiência não era tão boa, com o vídeo direto na página isso melhorou para o usuários”, diz Tristão. Para o mercado, isso representa uma forma de envolver de maneira visual pessoas e marcas. “O grande catalisador dessas mudanças é a mobilidade. Em um mundo altamente conectado, as pessoas se expressam cada vez mais de forma visual.”

Um tema recorrente a ser respondido, a privacidade dos usuários também é preocupação de Tristão. Segundo ele, a empresa segue um critério de não focar em individuos nas suas pesquisas, mas em grupos definidos de pessoas. “A gente faz em torno de 35 mil pesquisas diárias com os usuários e tomamos o cuidado de não focar no individuo e sim em perfis.” Esse esforço da plataforma é para entender como o usuário reage e lida com publicidade dentro da plataforma.

O esforço da empresa também está na forma de quantificar o retorno. O Facebook está testando uma nova forma de contabilizar o tempo gasto dos usuários na leitura de determinados posts e comentários, o objetivo é identificar como a experiência pode ser melhorada.