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Startup de logística, Cobli mapeia o impacto do COVID-19 nos setores da economia

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Startup de logística, Cobli mapeia o impacto do COVID-19 nos setores da economia

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Startup de logística, Cobli mapeia o impacto do COVID-19 nos setores da economia

Diante do debate sobre real influência da pandemia na atividade econômica, dados mostram mudanças nas dinâmicas econômicas.


15 de maio de 2020 - 7h29

Em meio à readequação de todos os setores e atividades durante a quarentena, a Cobli, startup de rastreamento e monitoramento inteligente de frotas, analisou o impacto que as medidas preventivas contra a COVID-19 estão tendo na circulação dos times de campo de pequenas e médias empresas de todo o Brasil.

Os dados podem ser encontrados nesse painel, atualizado diariamente. 

A análise leva em consideração o total de quilômetros rodados pelas frotas entre os dias 23 de março – quando as medidas de restrição comercial começaram a entrar em vigor – e 19 de abril. O total de quilômetros rodados chegou a cair 25%, quando comparado com o mesmo período da semana anterior.

Os setores mais e menos impactados

As restrições comerciais impostas em algumas regiões impactaram alguns setores de forma mais bruta. A tabela a seguir mostra como os principais segmentos da economia (de acordo com a classificação CNAE, Classificação Nacional de Atividades Econômicas) foram afetados:

​Gráfico 1 (link acima)

De acordo com o levantamento da Cobli, com base em seu próprio banco de dados, a área de Arte, cultura, esporte e recreação foi a que mais sofreu impacto, com queda de 77%, seguidos pelo setor de alojamento e alimentação, cuja baixa foi de 41%.

“Falando com empresas do setor, vemos que algumas têm tido um impacto positivo de acelerar a transformação digital e disponibilizar mais para seu público online. Essa evolução irá reduzir custos no longo prazo, permitindo que artes e cultura sejam disponibilizadas para mais pessoas, inclusive em regiões mais remotas”, explica Rodrigo Mourad, diretor executivo da Cobli.

É possível verificar uma queda menor, mas ainda expressiva, em setores básicos para a sociedade, como água e esgoto.

“A preocupação crescente é como será o resultado da falta de manutenção em alguns desses setores, que pode impactar significativamente os custos na cadeia de produção e condições de vida da população, além de dificultar o retorno ao equilíbrio”, continua Rodrigo Mourad.

Filtrando um pouco mais os dados ao analisar as subcategorias, algumas áreas começam a demonstrar os extremos causados pela mudança na dinâmica da economia brasileira:

 

Grupo Variação
Aluguel de equipamentos recreativos e esportivos -86%
Agências de viagens -86%
Fabricação de móveis com predominância de madeira -70%
Comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário -55%
Serviços combinados de escritório e apoio administrativo -47%
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas -43%
Ensino de esportes -39%
Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada -38%
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana -33%
Comércio de peças e acessórios para veículos automotores -31%
Fabricação de produtos de panificação -28%
Manutenção e reparação de veículos automotores -27%
Agências de publicidade -26%
Comércio atacadista de tecidos, artefatos de tecidos e de armarinho -26%
Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática -26%
Transporte rodoviário de carga -24%
Comércio varejista de produtos de padaria, laticínio, doces, balas e semelhantes -22%
Comércio atacadista de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos, exceto gás natural e GLP -22%
Comércio varejista de tintas e materiais para pintura -21%
Instalações elétricas -19%
Comércio atacadista de leite e laticínios -19%
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário, partes e peças -18%
Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios -15%
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios -15%
Serviços móveis de atendimento a urgências -15%
Atividades de atendimento hospitalar -14%
Fabricação de sabões e detergentes sintéticos -13%
Coleta de resíduos não-perigosos -8%
Serviços de arquitetura -7%
Abate de reses, exceto suínos -7%
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, hipermercados e supermercados -5%
Telecomunicações por fio -4%
Limpeza em prédios e em domicílios -4%
Lavanderias, tinturarias e toalheiros -1%
Outras atividades de telecomunicações 1%
Comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria 6%
Atividades de Correio 7%
Atividades de assistência a idosos, deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes 32%

 

Neste aspecto, algumas áreas tiveram uma queda mais leve ou até aumento na atividade. No campo da saúde, foi o caso de atividades ligadas ao atendimento hospitalar e assistência a idosos e deficientes físicos, com um aumento de 32% na atividade. Atividades de atendimento a urgências e fabricação de sabões e detergentes tiveram redução mais branda.

A demanda por alimentos continua alta. É possível observar que empresas ligadas à produção de carne e comércio varejista de produtos alimentícios também tiveram queda mais leve que a média, chegando a 7% e 5%, respectivamente.

Por outro lado, algumas subcategorias foram afetadas de forma extremamente negativa. É o caso do turismo, com uma queda de 86% na circulação de veículos. Cabe lembrar que alguns estados e cidades limitaram suas divisas e proibiram a entrada e saída de ônibus intermunicipais e outras formas de locomoção para fora dos limites do município.

Atividades relacionadas aos esportes, como ensino de esportes (-39%) e aluguel de equipamentos recreativos e esportivos (-86%) também apresentaram forte queda.

“Um dos grandes problemas que começa a aparecer são os efeitos secundários do impacto. A queda da quilometragem rodada já está impactando o consumo de combustível e a manutenção, por exemplo. Isso, por sua vez, vai impactar setores como petróleo e autopeças, e assim o efeito se estende. O petróleo, por exemplo,  já está no menor preço desde 2002. Este efeito em cadeia também irá acontecer na retomada, tornando o processo mais lento para algumas indústrias”, assinala Rodrigo Mourad, da Cobli.

Impactos por regiões do Brasil

Assim como o impacto do próprio vírus, os estados do País têm apresentado mudanças específicas de acordo com o tipo de isolamento proposto e a dinâmica de suas indústrias locais.

“O impacto econômico da crise em cada estado é dependente de sua matriz industrial. Setores de base como agriculturae saúde, tiveram impacto muito menor do que em serviços. Também, é importante analisar a cadeia logística como um todo e sua relação com a exportação e a importação, que foram muito afetados”, diz o diretor executivo da Cobli.

Gráfico 2 (link acima)

É possível observar um impacto positivo no Pará, puxado por indústrias de base como minério e gás. Os estados mais impactados, como Tocantins, Mato Grosso do Sul, Bahia e Ceará, estão sofrendo com um misto de indústrias mais impactadas e medidas de isolamento social.

Neste link é possível ver os dados completos, atualizados diariamente, permitindo  o acompanhamento da evolução das indústrias e impacto por regiões.

Sobre a Cobli

Empresa de IoT (internet das coisas) e soluções tecnológicas para logística e mobilidade, a Cobli foi fundada em 2017 e, desde então, opera na gestão de frotas por meio de uma plataforma inédita no mercado brasileiro, capaz de facilitar a vida de empresas de todos os portes em transportar tudo o que é possível em todos os Estados do País, estando presente em mais de 100 cidades do território nacional. Primeira empresa da América Latina a vencer a “Harvard Business School – New Venture Competition” e cada vez mais reconhecida como a principal plataforma tecnológica de logística e mobilidade que leva as empresas a um próximo nível nestes setores.

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