Carlos Heitor Cony é homenageado por veículos e colegas

8 de janeiro de 2018 - 13h09

O jornalista e escritor Carlos Heitor Cony faleceu no sábado passado, 6, aos 91 anos. Ele estava internado no Rio de Janeiro desde a última semana de dezembro e teve falência múltipla de órgãos. Cony ocupava a cadeira de número três da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 2000, era comentarista da CBN e colunista da Folha de S.Paulo.

Após a notícia, diversos veículos e colegas divulgaram homenagens ao escritor. A Folha de S.Paulo publicou um perfil completo de Cony e uma seleção de de suas colunas mais marcantes no veículo. A CBN também fez uma matéria especial para resgatar a memória do comentarista, com entrevistas com Artur Xexéo, jornalista e amigo pessoal de Cony, e Milton Jung, âncora da CBN.

Profissionais do jornalismo também prestaram homenagens nas redes sociais ou em suas próprias colunas. “Além de ser um dos mais brilhantes e criativos escritores brasileiros do nosso tempo, o Cony era o escritor mais veloz que eu vi na minha vida. Ele era capaz de escrever um livro em uma semana”, declarou Ziraldo, escritor e cartunista.

“A gente quando precisava saber alguma coisa, consultava o Cony. Cony era chamado o arquivo vivo sobre qualquer assunto, inclusive futebol”, disse Juca Kfouri, jornalista, à Folha de S.Paulo.

Personalidades como Fafá de Belém, Ana Maria Braga, Walcyr Carrasco, Michel Temer, Marcelo Crivella, Marcelo Rubens Paiva e Eduardo Suplicy também lamentaram a morte de Cony. Carlos Heitor Cony escreveu 17 romances e centenas de contos, traduções e adaptações. Recebeu também quatro prêmios Jabuti, e no período da ditadura militar, usou seu trabalho para fazer oposição ao autoritarismo.

O corpo de Carlos Heitor Cony será cremado na terça-feira, 9, no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.