Mãos à obra!
Em geral, saímos de grandes eventos muito inspirados, mas com ressalvas sobre como colocar aqueles insights em prática
Em geral, saímos de grandes eventos muito inspirados, mas com ressalvas sobre como colocar aqueles insights em prática
7 de novembro de 2022 - 12h45
Após praticamente uma semana em Lisboa, chegamos ao fim de mais uma edição do WebSummit. O sentimento de ansiedade e aquele entusiasmo inicial começam a dar lugar à nostalgia e a uma série de reflexões. Afinal, agora é hora de voltar para casa e colocar a mão na massa. Aliás, acho que vale ressaltar aqui que, em geral, saímos de grandes eventos muito inspirados, mas com ressalvas sobre como colocar aqueles insights em prática. Mas, a sensação deste WebSummit é diferente. Os painelistas deram todas as ferramentas para que o público tenha a oportunidade de começar a agir agora.
Não por acaso, uma das frases que me impactaram no último dia veio de um bate-papo entre Christina Cacioppo, co-fundadora e CEO da Vanta, plataforma de compliance ligada a Sequoia Capital, Edith Harbaugh, co-fundadora e CEO da LaunchDarkly, plataforma de gestão, Wesley Chan, co-fundador e sócio da FPV Ventures, e Nicole Carroll, editora-chefe do USA Today. O foco da conversa eram os aprendizados dos líderes com seus triunfos e derrapadas. E neste contexto, eles disseram que você raramente acerta as coisas na primeira vez, o importante é a rapidez com que você acerta.
Muitas palestras mostraram de forma clara como integrar tecnologia e dados, além de como eles podem se incorporar de modo mais orgânico no cotidiano das corporações e dos clientes/usuários. Sobre isso, vale trazer as falas de Rohit Prasad, cientista-chefe da Alexa (Amazon) que contou um pouco do percurso para integrar essa inteligência artificial aos ambientes de modo que ela se torne “invisível” e “onipresente”, para que possa ser acionada única a exclusivamente quando houver necessidade.
Na minha opinião, o principal ponto é que a Alexa consegue fornecer dados de seus usuários, fazendo com que, consequentemente, a companhia consiga atender seus anseios com mais precisão e sem deixar a percepção de que aquilo é invasivo. Entre os participantes, quem conseguiu digerir esses papos, começa a transformar essas tendências em realidade já na próxima semana, ao voltarem para suas empresas e startups.
Outro ponto positivo é que estamos em um momento favorável. Diversos investidores estiveram presentes no Web Summit em busca de startups que estivessem de acordo com suas teses, com menos ressalvas ao estágio de maturidade. Esse movimento também é extremamente benéfico para as empresas, pois são essas startups que ajudam a resolver dores de modo mais imediato. Desafios ESG, como emissão de carbono e questões relacionadas ao clima, estão em evidência, tanto para investidores como para as companhias.
Para este futuro próximo, consigo ver o legado do Web Summit de tirar discussões do papel e torná-las em resultados práticos. Tivemos a oportunidade de receber conteúdo, dados, orientações e como fazer acontecer na realidade de cada país, dado o público extremamente diverso em termos geográficos.
Fico animada também para sua próxima edição no Brasil, que deve acontecer no ano que vem. Isso porque iremos conseguir tornar esse conteúdo mais tangível para a realidade do nosso país e América Latina, e compartilhar os resultados com líderes de inovação de todo o mundo. Vejo uma vitrine de oportunidades para as startups mostrarem seu amadurecimento e o quão desenvolvido está nosso ecossistema de inovação. Tenho certeza de que se começarmos agora, o resultado será ganho de imagem e credibilidade. Por isso, mãos à obra!
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