44% das brasileiras na menopausa se sentem menos produtivas

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Se a desigualdade de gênero é uma barreira histórica para a conquista de cargos desejados e salários equitativos entre as mulheres, questões como a menopausa e o etarismo também têm sido identificadas como entraves para permanência delas no mercado de trabalho. De acordo com um estudo feito pela empresa Plenapausa, cerca de 44% das brasileiras que estão passando por essa fase não se sentem produtivas em suas rotinas corporativas.

A pesquisa, que entrevistou mais de 17 mil mulheres na pré-menopausa e na menopausa no Brasil, identificou ainda que 82% delas apresentam depressão ou ansiedade em seus sintomas, enquanto apenas 27% se acolhem e diminuem as cobranças internas neste momento. Além disso, 91% relatam cansaço ou pouca energia, 89% sentem alteração de humor, 79% sofrem com dores musculares e/ou nas articulações e 15% se sentem doentes para trabalhar.

Para a CEO e fundadora da Plenapausa Márcia Cunha, as mulheres estão percebendo apenas agora os efeitos da menopausa em suas carreiras devido ao estigma que persiste quando o assunto é discutir a temática, seja no trabalho ou na sociedade de maneira geral. “Isso dificulta a busca por apoio e compreensão, fazendo com que muitas enfrentem desafios adicionais sem o suporte necessário para gerenciar essa fase de suas vidas profissionais.”

Outro dado revelado pelo estudo é que 89% dessas mulheres enfrentam instabilidade de humor, o que pode impactar diretamente o trabalho, e apenas 8% reduziram as horas trabalhadas por semana para se sentir melhor ao lidar com os sintomas da menopausa.

A pesquisa, realizada entre agosto de 2021 e julho de 2024, levantou informações de mais de 17 mil mulheres com idade média de 47 anos.